A semente de soja certificada é o melhor caminho para garantir a produtividade nas lavouras brasileiras, que, segundo a Conab, podem registrar um novo recorde de produção de 168,3 milhões de toneladas, na safra 24/25.
Daniel Glat, presidente do CESB, explica que as sementes certificadas oferecem algumas garantias aos produtores, tais como a ausência de pragas, doenças e contaminações. Outro fator positivo, segundo Glat, é o vigor. “Uma semente certificada consegue, geralmente, germinar de uma forma mais rápida e uniforme, o que incide em uma maior taxa de crescimento e, posteriormente, em uma maior produtividade”, pontua.
De acordo com o presidente do CESB, não compensa ao produtor rural produzir a sua própria semente de soja. “Os cálculos mostram que a diferença entre produzir e comprar de uma sementeira é muito pequena. Por isso, a prática mais aconselhada é investir na compra de uma semente certificada, que tem uma empresa responsável e estrutura para oferecer o suporte necessário ao sojicultor”, observa.
Pirataria de Sementes – Estudo divulgado recentemente pela CropLife Brasil (CLB) aponta que as sementes piratas são utilizadas em 11% da área de soja plantada no Brasil, gerando prejuízos de aproximadamente R$ 10 bilhões ao ano para sojicultores, indústria de sementes, setor de processamento de grãos e exportações.
A pesquisa conclui ainda que as sementes piratas podem reduzir a qualidade do cultivo e dos grãos. O resultado é uma maior incidência de pragas, plantas daninhas e doenças nas lavouras, com um potencial vetor para a propagação de espécies invasoras, nocivas para o meio ambiente e proibidas por lei.
De acordo com o diretor-presidente da CLB, Eduardo Leão, o combate às práticas ilegais são fundamentais para a garantia de produtividade das lavouras no país. “A pirataria de sementes ameaça não apenas a produtividade no campo, mas também o avanço tecnológico da agricultura brasileira. Ao deixar de investir em sementes certificadas, o país perde em competitividade, sustentabilidade e arrecadação. É uma prática onde todos perdem, do agricultor às exportações no agro.”
Fonte: Rodrigo Capella
