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Belgo Arames anuncia, na Expointer, investimento em AgTech mirando no futuro das cercas rurais

Em busca de solucionar os principais desafios do produtor rural de maneira disruptiva e mirando no futuro das cercas, a Belgo Arames anuncia o investimento de R$ 1,5 milhão na AgTech Instabov para impulsionar o desenvolvimento de um sistema de monitoramento em comportamento bovino. A tecnologia tem o objetivo de gerar dados capazes de oferecer mais produtividade, segurança e transparência nos processos que envolvem a criação dos animais, contribuindo para a sustentabilidade no campo. 

Em fase pré-operacional após pesquisas na zona de aceleração de projetos inovadores para o agronegócio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, o Instabov monitora o comportamento de 300 cabeças de gado de corte de cinco raças diferentes, em seis fazendas localizadas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, por meio da aplicação de um colar que emite sinais para uma antena instalada no local. A geolocalização tem raio de precisão de até 10 km, o que cobre em torno de 31 mil hectares (310 km²). A tecnologia permite que os dados sejam computados pela torre sem que os colares estejam conectados à internet – já que funcionam à base de uma bateria de durabilidade de 5 anos – e com atualizações a cada 10 minutos, o que facilita sua empregabilidade no ambiente rural.  

Dados de inteligência de rebanho, como geolocalização, número de passos, deslocamento diário e mapa de calor, são fornecidos via aplicativo instalado no smartphone. Essa leitura permite avaliações sobre onde investir em pastagem para o aumento de peso do bovino, como otimizar o uso do terreno da fazenda e qual animal adoeceu, está prenhe ou no cio. A partir de setembro deste ano, uma atualização do sistema também permitirá avaliar a qualidade da reprodução dos animais. Consequentemente, o uso da tecnologia contribui para simplificar e melhorar a qualidade de trabalho do produtor rural, diminuir a exposição de peões no campo e o estresse dos animais durante o manejo e otimizar os custos da produção. 

O diretor de Marketing, Inovação e Estratégia da Belgo Arames André Ghion ressalta que a Belgo vem ampliando de forma consistente a inovação aberta no Brasil e decidiu investir no Instabov por acreditar no seu pioneirismo e capacidade técnica. “Atualmente, temos conhecimento de poucas iniciativas no mundo que estão trabalhando em uma tecnologia semelhante. Desenvolver esse projeto no Brasil é fantástico porque está perfeitamente alinhado à nossa ambição, bem como ao nosso posicionamento estratégico com o foco do cliente, que nos permite resolver, por meio da inovação, suas dores e desafios sob uma nova perspectiva”, afirma. 

Ghion explica que a inclinação da metalúrgica para a pesquisa e o desenvolvimento de novos negócios tem fomentado um olhar mais atento para o futuro. “Passamos a nos questionar como serão as cercas, se virtuais ou uma combinação do físico – o arame – com o virtual, já que a maior parte das vendas do nosso segmento agro está concentrada nas linhas de arames e cercamentos rurais. Ainda não temos respostas, mas é importante que possamos construir o futuro do mercado juntos e de forma colaborativa com o ecossistema de empresas de tecnologia e startups”, completa. 

O fundador do Instabov Fernando Moraes aponta que o sistema utilizado, o Lora, é inovador no agronegócio, pois a AgTech foi a primeira do setor a importá-lo. A proposta também passou por diversos testes, considerando o tipo de material instalado no boi e sua durabilidade. Até chegar à versão do colar, o Instabov havia desenvolvido outros dispositivos como cabresto, brinco e adesivo e constatou que a última solução performa com uma eficiência de 97%. 

Além destes desafios, o Instabov precisava de recursos para seguir os estudos e escalar o negócio. “Começamos este projeto em 2015 com a ambição de mudar o jeito de fazer pecuária no Brasil, mas uma das principais questões enfrentadas foi a financeira. Sem o suporte da Belgo provavelmente não estaríamos mais no mercado. Nossa parceria foi estabelecida no fim de 2019 e, mesmo com a pandemia na sequência, avançamos exponencialmente. A Belgo traz credibilidade, robustez e impulsiona o nosso negócio. Estamos satisfeitos com essa colaboração, porque a Belgo pensa lá na frente, como o Instabov”, conclui Moraes. 

Instabov chega ao mercado 

De 26 de agosto a 3 de setembro, a Belgo Arames e o Instabov farão o pré-lançamento da solução durante a Expointer, em Esteio (RS). Serão disponibilizados 2 mil colares para parceiros interessados em aplicar esse sistema em outras fazendas brasileiras que, inicialmente, estejam focadas na produção de gado de corte, de qualquer raça bovina e em todos os biomas do país.  

Durante esse período, o colar terá preço mais acessível, de R$ 9,90 por unidade, numa quantidade limitada de 500 exemplares. Posteriormente, a tecnologia custará cerca de R$ 29,90 por animal.  

A tecnologia será comercializada por meio de assinatura mensal, via financiamento bancário viabilizado para o produtor rural. Durante o pré-lançamento, serão oferecidas condições especiais para os participantes da feira 

Para 2024, a expectativa é aumentar a oferta para o mercado nacional em 20 mil colares. Já em dois anos, a Belgo e a AgTech vislumbram expandir as fronteiras e iniciar a implantação da tecnologia em fazendas da Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. 

Inovação aberta 

Além do capital investido, a Belgo Arames apoia a startup Instabov com um time de profissionais de diversas áreas para potencializar a aceleração do seu plano de negócios e do modelo de gestão, além de contribuir com estudos de mercado.  

No ano passado, a Belgo foi listada no Ranking das TOP 100 Open Corps, da 100 Open Startups, que reconhece corporações que mais praticaram inovação aberta com startups no país. Em março de 2023 lançou BelgoLab, seu primeiro programa de inovação aberta, para facilitar a conexão com o ecossistema, disponibilizar oportunidades e lançar desafios também pelo hub digital belgolab.com.br 

Fonte: Rafael Iglesias – Texto Assessoria

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