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Avisite – as movimentações no mercado da proteína animal

Nova alta em São Paulo faz preço do frango vivo igualar-se ao de Minas Gerais

Depois de superar, na terça-feira (19), recorde atingido pela primeira vez em 2016, na quarta-feira (20) o frango vivo negociado no interior paulista obteve mais um reajuste de cinco centavos, sendo negociado por R$3,35/kg, novo recorde do setor. Foi o terceiro reajuste da semana e o sétimo em menos de duas semanas de transações.

Como, em Minas Gerais, o mercado, mesmo extremamente firme, não acompanhou São Paulo, seu preço permaneceu inalterado em R$3,35/kg. Assim, pela primeira vez em quase dois meses, as duas praças operaram sob a mesma cotação.

Uma vez que, 30 dias atrás, São Paulo operava com uma diferença de 10 centavos a menos que Minas Gerais, seu ganho mensal no momento está próximo de 12%, enquanto em Minas o incremento se encontra em 8%. Mas, em relação aos preços vigentes há um ano, na mesma data, a situação se inverte: o diferencial mineiro já está próximo de 60%, enquanto o paulista não chega a 40%. Curiosamente, porém, os valores médios registrados nos últimos 365 dias são muito similares, apresentando diferença de apenas três centavos: R$2,88/kg em São Paulo; R$2,91/kg em Minas Gerais.

Por falar em média: ainda que os ajustes ocorridos a partir do último dia 7 correspondam a um aumento de R$0,35/kg, o valor médio do frango vivo registrado em São Paulo nos dois primeiros decêndios de março se encontra em R$3,13/kg. Ou seja: está ainda aquém dos R$3,19/kg alcançados em setembro e outubro do ano passado.

Para Embrapa Suínos e Aves, custo de produção do frango recuou em fevereiro

De acordo com o levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves, após três meses consecutivo de estabilidade o custo de produção do frango apresentou leve recuo: inalterado entre novembro de 2018 e janeiro de 2019 em R$2,82/kg; caiu para R$2,79/kg em fevereiro passado.

A despeito da queda, o custo levantado para o mês de fevereiro permaneceu 8% acima do registrado um ano atrás, enquanto na média dos 13 meses decorridos entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019 apresenta incremento de 18,5% em relação a idêntico período anterior (fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018).

Comentando a baixa ocorrida em fevereiro, houve analista que concluiu ser decorrência da redução no preço do milho. Entretanto, analisando-se a evolução dos preços do milho em algumas praças do Paraná (estado-base do levantamento da Embrapa) observa-se que ele aumentou mais de 1,5% de janeiro para fevereiro, além de ter apresentado incremento de quase 8,5% em relação a novembro/18, quando o custo já estava em R$2,82/kg, mesmo valor de janeiro passado.

É verdade que, nos mesmos quatro meses, o custo do farelo de soja no mercado paranaense recuou praticamente na mesma proporção do aumento do milho (redução ligeiramente superior a 8,5%). Terá sido esse o fator de queda do custo do frango ou há outros fatores envolvidos?

Avicultura em São Paulo em um qüinqüênio: ovos, 15% a mais; carne de frango, 11% a menos

Dados preliminares do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo apontam que em 2018 a avicultura de postura paulista produziu pouco mais de 1,220 bilhão de dúzias de ovos, volume quase 9% superior ao registrado no ano anterior.

Nos últimos seis anos o setor registrou apenas um retrocesso – em 2014, ocasião em que a produção anual caiu perto de 10% em relação ao ano anterior. Porém, a partir daí o crescimento foi contínuo. Comparativamente a cinco anos antes o volume produzido aumentou mais de 15%, desempenho que corresponde a um incremento médio em torno de 3% ao ano.

Já a carne de frango paulista vem percorrendo um caminho que, senão totalmente, vem apresentando características inversas. O pico de produção do setor ocorreu em 2015, no ano seguinte observando-se retração próxima de 8%. Em 2017 houve breve reação, mas insuficiente para cobrir a perda anterior. O tombo maior, porém, ocorreu em 2018, ano em que o volume produzido recuou pouco mais de 11%.

No qüinqüênio, o volume produzido caiu 11,5%, índice que configura retração média próxima de 2,5% ao ano. Porém, comparativamente ao pico de 2015, o refluxo não ficou muito distante dos 16%.

Produtor de ovos recupera participação em relação ao varejo

Em fevereiro o produtor de ovos paulistano obteve valorização mensal de quase 59% na comercialização do seu produto. Entretanto, isso não tem maior relevância ao se constatar que a caixa de ovos em janeiro atingiu o menor valor desde janeiro de 2015. Assim, para efeito comparativo, talvez o índice anual expresse melhor a evolução do produto e, nesse caso, o aumento foi de apenas 1,3%.

Na outra ponta, ou seja, no varejo paulistano, também houve ganhos na comparação mensal e anual. Porém, em índices bem menores que os verificados na granja: em relação ao mês anterior, de quase 11%, e, em relação a fevereiro de 2018, de 0,9%.

Dessa forma, houve melhora significativa na relação com o varejo: o preço na granja equivaleu a 38,2% do comercializado no varejo. Com isso, houve recuperação de 11,6 pontos percentuais na participação do produtor de ovos na comparação mensal. Em doze meses o aumento na participação foi mínima, cerca de 0,2 pontos percentuais.

Por ora, passados dois terços do mês, os preços médios alcançados nos dois elos de comercialização indicam índice na casa dos 37% significando pequena perda – 1 ponto percentual – na participação dos avicultores em março. Como o mercado se encontra em pleno andamento do período da quaresma é possível que o último decêndio do mês não tenha os efeitos negativos verificados em meses normais e o índice pouco se altere até o encerramento do mês.

Ovos: mercado calmo e sem pressão sobre as cotações

Na quarta-feira (20), os negócios foram compatíveis com o período da segunda quinzena e os preços permaneceram sem alterações: a caixa de ovos brancos continuou sendo comercializada pelo mínimo de R$72,00 ao máximo de R$74,00 e a de ovos vermelhos de R$84,00 a R$91,00.

Segundo a Jox Assessoria Agropecuária as ofertas atenderam plenamente a demanda e o giro mais lento da mercadoria na ponta final significa a tradicional perda na capacidade aquisitiva do consumidor. Como os negócios tem sido realizados em mercado calmo e sem pressão sobre os preços de referência, a tendência dos fechamentos neste primeiro dia de negócios do terceiro decêndio aparenta ser de manutenção das cotações.

O acompanhamento da evolução diária do preço da caixa de ovos brancos no atacado de São Paulo mostra que neste momento se encontra acima da verificada no mesmo período do ano passado quando estava em forte involução.

Infelizmente nos primeiros vinte dias de março a evolução foi muito pior que as alcançadas no ano passado e na média histórica dos últimos onze anos. Espera-se, pelo menos, que a parte final do mês seja diferente da curva descendente verificada nos dois períodos comparativos.

Fonte: Avisite

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