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Audiência no Senado debate tarifas de importação dos Estados Unidos

Uma audiência pública realizada nesta terça-feira (15), na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, discutiu os possíveis caminhos a serem adotados após o anúncio da tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida foi divulgada pelo presidente Donald Trump. Para a vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), senadora Tereza Cristina (PP-MS), “é preciso união e cautela” para evitar respostas precipitadas.

“Nós temos uma diplomacia técnica que pode baixar a temperatura, mas é preciso firmeza para destacar a nossa soberania nacional. Como relatora da lei da reciprocidade, eu tenho deixado claro que ela não foi criada pensando nos Estados Unidos, mas para servir como instrumento de defesa e não de confronto. É um ato de responsabilidade quando todos os caminhos de diplomacia estão esgotados, o que não é o caso agora”, explicou.

Para a ex-ministra da Agricultura, existem diversos setores da cadeia produtiva brasileira que não podem ser penalizados por questões políticas e que são geradores de emprego no Brasil e nos Estados Unidos. A solução, segundo ela, deve vir da mesa de negociação.

“Temos que trabalhar unidos para minimizar o desastre que pode se transformar nessas tarifas. O Governo Federal errou em diversas ações políticas, apesar disso, o agro possui ótimas relações com os Estados Unidos e podemos dialogar diretamente com nossos pares no Congresso americano para resolver essa questão”, afirmou.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) destacou a relevância do Brasil como parceiro estratégico dos Estados Unidos, especialmente na segurança alimentar. Segundo ele, a carne bovina brasileira de qualidade compõe a dieta diária do consumidor americano. “O sabor do hambúrguer americano depende da parte dianteira do boi que exportamos. O consumidor valoriza isso, e há interesses que nos unem. Precisamos deixar de lado questões políticas momentâneas e considerar os mais de 200 anos de relações bilaterais para encontrar soluções”, afirmou. 

O senador Wellington Fagundes (PL-MT) ressaltou que os dois países possuem uma relação extensa e positiva. Portanto, o desgaste que acontece neste momento pode ser mediado pelo Congresso Nacional. “Eu entendo que poderíamos até suspender os trabalhos no Congresso para nos dedicarmos à solucionar essa crise. Estar nos Estados Unidos para representar a nossa população seria fundamental, especialmente com a presença de entidades do setor produtivo”.

Para o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), a diplomacia parlamentar transcende as questões políticas. “No conjunto da obra o que interessa são os problemas que precisam ser resolvidos. As questões políticas existem e o governo americano deve ter suas motivações, mas o nosso papel é importante em todas as discussões internacionais. Somos o maior banco de proteína do planeta e alimentamos uma parcela significativa do mundo, por isso, tenho certeza que as bravatas vão passar e vamos encontrar um caminho para resolver as sanções através da diplomacia”, concluiu.

Fonte: Imprensa FPA

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