De acordo com levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nas últimas semanas, apenas cerca de 40% do milho segunda safra foi colhido nos principais estados produtores do grão. Goiás, Piauí, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná respondem juntos por 91% da área cultivada com milho segunda safra no país e estão com atraso de mais de 10% na colheita, comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo o levantamento, o atraso ocorre, principalmente, por dois motivos: ainda no início da safra, a semeadura do cereal iniciou mais tarde em muitas regiões e, agora, o processo de colheita está dificultado devido à alta umidade dos grãos nas lavouras. Isso significa que boa parte dessas regiões pode ter uma colheita tardia, reduzindo o período de entressafra para manejo outonal de plantas daninhas, de acordo com João Ibelli (FOTO abaixo) gerente de Produtos (Herbicidas) da ADAMA.
“O atraso na colheita implica em uma janela menor de aplicação de herbicidas para dessecação, deixando o produtor com menos tempo para realizar esse manejo pré-semeadura da soja, um dos mais importantes no sistema de produção de grãos”, explica.
Na entressafra, as plantas daninhas ainda estão pequenas e mais suscetíveis aos herbicidas, portanto, com esse período menor, a identificação delas, bem como avaliação do histórico de resistência dessas plantas na lavoura, é fundamental para que o produtor seja assertivo na escolha dos herbicidas. “Isso é importante para que não ocorram escapes que podem encarecer o manejo e prejudicar o desenvolvimento inicial da soja com a matocompetição”, destaca Ibelli.
Além disso, segundo o gerente, esse é o momento em que o produtor tem a seu dispor poucas opções de herbicidas capazes de controlar as principais plantas daninhas de forma eficiente e que não causem nenhum prejuízo para a soja. “O produtor vai precisar fazer boas escolhas de herbicidas, que sejam eficientes e que não interfiram no desenvolvimento da soja, que será o cultivo subsequente. Essa assertividade na escolha será muito importante este ano onde, devido aos atrasos da colheita a janela de aplicação será mais curta. Araddo®, por exemplo, é um herbicida com amplo espectro de controle, além de gramíneas, como capim-amargoso e capim pé-de-galinha, controla folhas largas, como buva, leiteiro e caruru. A solução conta com mecanismo de ação diferenciado, sem efeito antagônico e sem restrição de intervalo entre a sua aplicação e a semeadura de soja, ideal para esse momento do manejo”, ressalta.
Caso a lavoura apresente plantas daninhas em estádios mais avançados ou de difícil controle, o manejo sequencial pode ser necessário. A ADAMA conta com Cheval®, herbicida completo que combina ação pós-emergente, ideal para aplicação sequencial na dessecação, com efeito pré-emergente. “Cheval® foi desenvolvido em uma exclusiva formulação T.O.V., com alta concentração de ingredientes ativos, para compor o programa de manejo do produtor e auxiliar principalmente no controle das daninhas resistentes ao glifosato, como a buva e o capim-amargoso”, destaca Ibelli.
O calendário de semeadura de soja da próxima safra foi divulgado pelo MAPA no início de julho e mostra que muitos estados poderão iniciar o plantio a partir da segunda quinzena de setembro. “Isso reforça a importância de um manejo assertivo na entressafra, já que muitos produtores terão poucos dias entre o final da colheita de milho e o início do plantio para aplicação dos herbicidas. Além disso, nos lembra que a escolha dos herbicidas utilizados até aqui definirá o manejo de plantas daninhas ao longo da safra de soja”, comenta.
Ibelli destaca ainda que, quando se trata da soja, a cultura tolera o convívio com plantas daninhas por um período muito curto, de pouco mais de uma semana, após a emergência, com perdas de produtividade que podem chegar a 80%. Por isso, o monitoramento e manejo de plantas daninhas na lavoura precisa ser constante e feito durante o ano todo.
Fonte: Flávia Camargo