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Atenção redobrada no pico da seca: vermifugação estratégica em agosto é essencial para manter a eficiência e a sanidade do rebanho

Os parasitas estão entre os problemas sanitários de maior impacto nas fazendas de gado, causando prejuízos estimados em cerca de R$ 70 bilhões por ano à pecuária brasileira¹. Em regiões como o Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil, caracterizadas por uma estação seca bem definida entre os meses de maio e outubro, a disponibilidade nutricional das pastagens torna-se limitada. Essa restrição compromete a resposta imunológica dos animais, impactando negativamente seu desempenho produtivo e sanitário. 

Entre os métodos mais eficazes de controle das verminoses está o protocolo 5-8-11, desenvolvido pela Zoetis e validado por estudos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), que recomenda vermifugações em maio, agosto e novembro (início da seca, meio da seca e início das águas). Essa estratégia garante controle contínuo e redução da carga parasitária, sobretudo no mês de agosto, momento em que o estresse nutricional da seca se intensifica e a pressão parasitária aumenta consideravelmente. 

A lógica por trás do 5-8-11 é simples, mas poderosa. Ao aplicar vermífugos nos períodos em que os vermes mais ameaçam o rebanho, o produtor consegue não só proteger a saúde dos animais, mas também garantir um melhor aproveitamento nutricional e, consequentemente, maior ganho de peso.  

Estudos mostram que o uso de Cydectin® (moxidectina injetável) durante períodos críticos pode resultar em ganho de peso significativamente superior. No estudo do protocolo 5-8-11, por exemplo, o grupo tratado apresentou ganho adicional de 20 kg em comparação ao grupo que recebeu vermifugação apenas em maio e novembro. Esse efeito é atribuído ao uso estratégico dos produtos no início da seca e início das águas, mas também da eficácia e proteção oferecida pela moxidectina, em agosto, quando o estresse nutricional da seca se acumula e a infestação parasitária tende a causar um grande impacto para os animais. 

“A vermifugação precisa ser um cuidado constante ao longo do período mais crítico do ano que vai do início da estação seca até o início das águas. Quando o controle é feito apenas de forma pontual, os prejuízos produtivos são inevitáveis. Agosto, por exemplo, é um dos meses mais desafiadores do ponto de vista sanitário, já que os animais enfrentam estresse nutricional e maior vulnerabilidade. Por isso, é fundamental reforçar o manejo estratégico nesse período, com produtos eficazes. “, destaca Elio Moro, Gerente Técnico de Ruminantes da Zoetis. 

Tratar os animais contra as verminoses apenas quando os sintomas se tornam visíveis é um erro comum e custoso. Muitas vezes silenciosas, as verminoses comprometem a conversão alimentar, reduzem o ganho médio diário de peso e interferem no desenvolvimento dos animais, afetando diretamente a produtividade da fazenda. Por isso, pensar na vermifugação como um cuidado contínuo e integrado ao calendário sanitário da propriedade é fundamental. Protocolos como o 5-8-11 oferecem justamente essa segurança: uma linha de atuação clara, eficiente e com base técnica, capaz de proteger o rebanho nos momentos certos e contribuir para um crescimento saudável e rentável. 

“A saúde do rebanho começa nas decisões diárias de manejo. E quando essas decisões são guiadas por conhecimento técnico e planejamento, os resultados aparecem não só nos números da balança, mas também na tranquilidade de quem sabe que está cuidando bem de cada etapa da produção”, conclui Moro. Agosto é, portanto, um mês que exige atenção redobrada, mas também uma oportunidade de ouro para quem entende que prevenir é sempre mais inteligente do que remediar. 

Fonte: Gabriela Herdeiro

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