Com a soja, por exemplo, as retenciones que estavam na ordem de 25%, podem chegar a 29%.
Informações divulgadas pelo analista Luiz Fernando Pacheco da T&F Consultoria Agroeconômica indicam que o ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, anunciou a ampliação do imposto sobre a maior parte dos bens exportados pelo país. De acordo com Pacheco, a medida procura cumprir o compromisso do governo argentino com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“A equipe de Dujovne confeccionou duas listas de bens exportáveis. A primeira, segundo o critério do ministro da Fazenda, se refere àqueles setores que podem suportar uma carga maior de impostos, passará a tributar quatro pesos argentinos por cada dólar FOB declarado na operação de comércio exterior. O segundo grupo, integrado por setores ‘sensíveis’, começará a recolher uma retenção móvel de dois pesos por cada dólar FOB exportado”, informa.
Segundo explicou o analista, a decisão representa um direito de exportação da ordem de 11% no primeiro caso e de 5,5% no segundo. Com a soja, por exemplo, as retenciones que estavam na ordem de 25%, podem chegar a 29%.
“A soja em grão, que atualmente conta com retenciones de 25,5%, segundo o esquema de redução mensal de alíquotas disposto no começo do ano, passará agora a tributar uma retenção fixa de 18%, mais a alíquota móvel que atualmente é de 11%, o que implica que passará a ter um retenção total da ordem de 29%”, explica.
Pacheco finalizou dizendo que “o mercado argentino de futuros agrícolas já tinha começado a descontar na semana passada o cenário de aumento das retenciones, nos valores dos contratos de soja, milho e trigo”. Assim, a Argentina espera arrecadar um montante de US$ 4,5 bilhões a mais com a decisão.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems