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Apta Regional apresenta avanços no cultivo de café robusta durante o Conexidades 2025 em Holambra

A Apta Regional de Adamantina marca presença no Conexidades 2025, em Holambra, com a apresentação dos resultados de uma década de pesquisas voltadas à seleção de clones de café robusta (Canephora) adaptados às condições do Estado de São Paulo. Desenvolvido em parceria com o Centro de Café do Instituto Agronômico (IAC-Apta), o projeto busca incentivar a diversificação produtiva e ampliar a renda de pequenos agricultores do Oeste Paulista, oferecendo uma alternativa de cultivo com alto potencial de mercado e qualidade reconhecida pela indústria.

“Aqui, no Conexidades, é a oportunidade de falarmos com nossos prefeitos. O projeto de pesquisa se torna política pública e o prefeito pode oferecer esse projeto para os pequenos e médios produtores, que ganham com isso renda, dignidade e sustentabilidade no campo”, enfatiza o pesquisador Nakayama.

Atualmente, os grãos de robusta têm ganhado espaço na produção de blends para cafés espresso, cápsulas e bebidas “3 em 1”, graças à sua intensidade de sabor e cremosidade. Segundo o pesquisador Fernando Takayuki Nakayama, da Apta Regional de Adamantina, o cultivo local pode reduzir custos logísticos e agregar valor ao produto final. “Grande parte da produção nacional vem do Espírito Santo e de Rondônia, mas é processada em São Paulo. Diante disso, por que não produzir robusta em terras paulistas?”, questiona.

O projeto conta com a colaboração de cinco agricultores familiares da região de Adamantina, que apresenta condições ideais para o cultivo da espécie — com temperaturas médias de 23 °C e altitude de 400 metros. A iniciativa também recebe apoio da empresa Treviolo Café, que financia as pesquisas.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) mostram que os grãos robusta, antes restritos ao café solúvel, hoje representam até 40% da produção nacional e têm conquistado mercados internacionais como Inglaterra e China. “O lançamento do Kazaar pela Nespresso, com mais de 70% de robusta, é um exemplo do potencial dessa espécie”, destaca Nakayama.

Apesar dos avanços, o manejo do robusta ainda exige atenção, especialmente pela vegetação densa e necessidade de maior mão de obra. “Por isso, focamos nos pequenos produtores, que podem colher e armazenar o café, comercializando no momento mais oportuno”, explica o pesquisador.

Fonte: Lisley de Cassia Silverio Villar

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