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Análise do Especialista Grão Direto: Clima impede que produtores prossigam com a semeadura

UBERABA, MG – 14 de dezembro, 2021 – Confira a nova análise do Especialista de Mercado da Grão Direto sobre às cotações da Bolsa de Chicago e os preços praticados no mercado para SOJA, MILHO e SORGO.

SOJA – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA

Na semana anterior, o mercado de soja foi marcado por oscilações nos preços. Já essa semana, o mercado começou com quedas nas cotações na Bolsa de Chicago (CBOT), que reverteu em alta, principalmente após a divulgação do novo Relatório de oferta e demanda mundial do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

A soja fechou a última semana perto da estabilidade, valendo $12,68 dólares por bushel (+0,1%). O relatório trouxe uma revisão de -0,58% na produção global de soja, ou seja, de 384,01 milhões para 381,78 milhões de toneladas. Com isso, os estoques caíram de 103,78 para 102 milhões de toneladas. A safra de soja Chinesa também foi destaque, trazendo queda na produção e estoque.

Outro fator que está impulsionando os preços para altos patamares, é o quadro climático na América do Sul, onde o fenômeno “La Niña” ganha força, ameaçando trazer volumes de chuvas bem menores que o normal nos próximos meses, de acordo com boletins climáticos.

O dólar, finalmente, teve uma semana de queda, fechando a sexta-feira (10/12) a R$5,61 (-1,2%). O fator que pressionou a queda foi o aumento da taxa básica de juros em 1,50%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, elevando-a para 9,25% ao ano. Em contrapartida, no exterior, dados mostraram que a inflação voltou a acelerar nos Estados Unidos em novembro, podendo influenciar a decisão do Federal Reserve sobre as taxas de juros e o programa de compra de títulos, que pode fortalecer a moeda americana. Com o dólar em queda e estabilidade na Bolsa de Chicago, as cotações da soja brasileira disponível e 2022, tiveram uma ligeira queda.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA

Para esta semana, a expectativa é de menor volatilidade, com mercado absorvendo as informações do USDA. O clima instável na América do Sul continuará sendo observado de perto, na expectativa de haver algum alívio com precipitações inesperadas. A movimentação de compras, principalmente da China, também continuará no radar.

O dólar poderá ter uma semana de instabilidade, diante do pronunciamento do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA (FOMC) sobre as taxas de juros americana, na quarta-feira (15/12). Espera-se que seja dado indícios de aumento da taxa de juros no próximo ano, o que fortaleceria mais ainda o dólar contra o real.

Já a Bolsa de Chicago poderá continuar com sua tendência de alta, diante dos fatores citados anteriormente. No cenário de alta do dólar e alta na Bolsa de Chicago, poderá haver uma semana de alta nas cotações de soja disponível e 2022.

MILHO – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA

Na semana passada, as cotações do milho no mercado físico se mantiveram em leve alta, pressionadas pelas instabilidades climáticas no Sul do Brasil, causando preocupações no mercado de milho. Esse fenômeno ajudou os produtores que ainda possuem grãos armazenados a encontrarem valores melhores que os atuais.

Em contrapartida, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu terceiro boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para a temporada 2021/22. No relatório foi estimado a elevação da produção da 1ª safra de milho, reduzindo as exportações e ampliando a expectativa de estoques finais. Os dados estão relacionados com o Boletim informativo emitido pelo Secex (Secretaria de Comércio Exterior), que trouxe uma média diária de importação 38,10% maior e redução de 37% na exportação, ambos no mesmo período do ano passado. No mercado externo, a Bolsa de Chicago finalizou a semana com uma leve alta de +0,3%, encerrando a $5,88 dólares por bushel.

Nesse cenário de queda no dólar e Bolsa de Chicago com leve alta, a exportação se torna menos interessante, diante das cotações do milho no mercado interno.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA

Para esta semana, as cotações de milho no mercado interno poderão continuar com leve tendência de alta no mercado físico, pressionado principalmente pelas demandas internas e pelo clima instável em regiões produtoras.

Conteúdo em parceria com a Grão Direto. Para saber mais, acessewww.graodireto.com.br

Fonte: Grão Direto

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