Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta quarta-feira, dia 29, com preços mistos.
O grão fechou perto da estabilidade, o farelo caiu e o óleo subiu. A queda do petróleo manteve o mercado sob pressão, mas uma venda de 263 mil toneladas para a China diminuiu as perdas e até sustentou alguns contratos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizou que a área plantada com soja nos Estados Unidos na temporada 2018/2019 deverá ocupar 36,8 milhões de hectares, subindo na comparação com os 36,5 milhões de hectares da safra 2017/2018. A produção americana poderá bater em 118,6 milhões de toneladas, contra 120,4 milhões de toneladas da atual temporada.
No Brasil, o mercado ficou pouco movimentado nas diferentes praças de comercialização. Chicago teve um dia volátil, encerrando no campo negativo novamente. A moeda norte-americana encerrou com bons ganhos, o que ajudou a trazer elevação nas cotações domésticas. Entretanto, mesmo com preços firmes, os negócios permanecem limitados a volumes pouco relevantes.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Janeiro/2018: 9,92 (-0,50 cent)
Março/2018: 10,04 (-0,50 cent)
Soja no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Passo Fundo (RS): 69,00
Cascavel (PR): 69,50
Rondonópolis (MT): 63,50
Dourados (MS): 64,00
Porto de Paranaguá (PR): 74,50
Porto de Rio Grande (RS): 74,50
Santos (SP): 73,50
São Francisco do Sul (SC): 74,00
Fonte: Safras & Mercado
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,24 a venda, ajudado pela alta de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre.
Além disso, a percepção de que o governo brasileiro está perdendo força para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, após saída do PSDB da base aliada, colaborou com a movimentação do câmbio.
“O dado do PIB dos Estados Unidos acabou ajudando o movimento de fortalecimento do dólar frente a algumas moedas. Mas, aqui, o mercado está mais preocupado com a evolução da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, nos últimos dias, tem se observado comentários menos favoráveis, houve mais ruído e o mercado não absorveu bem”, comentou o economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano.
Segundo o economista-chefe da Tendências Consultoria, Sílvio Campos, o mercado ainda não precificou uma não aprovação da reforma, mas começou a mudar a expectativa. “O mercado vinha pendendo para uma visão mais positiva de que havia chance real de aprovação, mas as declarações de esta quarta-feira tornam o cenário difícil. Os mercados estão tirando as fichas de uma aposta de sucesso do governo”, disse.
Nesta quarta-feira uma série de lideranças do PSDB mostraram publicamente desagrado com o governo e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, contou o partido como desembarcado da base aliada.
O Ibovespa encerrou com queda de 1,19%, aos 72.700 pontos. O volume negociado foi de R$ 9,723 bilhões.
Milho
A Bolsa de Mercadorias de Chicago fechou com preços mais altos para o milho nesta quarta-feira. O mercado foi sustentado pela fraqueza do dólar frente as outras moedas correntes, fator que eleva a competitividade das commodities americanas no cenário internacional.
Os investidores refletiram também os sinais de melhor demanda para o cereal norte-americano. Os exportadores privados do país reportaram ao USDA a venda de 101,6 mil toneladas de milho a destinos não revelados para entrega em 2017/2018.
O mercado também avaliou a notícia de que os produtores de milho dos Estados Unidos deverão cultivar no ciclo 2018/2019 36,8 milhões de hectares, contra 36,9 milhões de hectares da safra 2017/2018. A produção poderia bater em 368,8 milhões de toneladas, contra 370 milhões de toneladas na safra 2017/2018.
No geral, a expectativa ainda é de uma reação no perfil das exportações norte-americanas, ainda sem o poder de trazer algum fato novo ao mercado. Depois, o quadro é de atenção ao clima na América do Sul, tendo em vista que perdas na Argentina podem causar mudanças no perfil de preços da soja e nas decisões de plantio nos Estados Unidos em 2018.
A meteorologia mostra chuvas para este final de semana em boa parte da Argentina e Sul do Brasil. Mas, estas devem novamente sumir a partir da terça feira,5. O plantio na Argentina vai ultrapassando os 50% ainda com algumas regiões com clima muito seco e inviabilizando os trabalhos. As chuvas deste final de semana tendem a ajudar no perfil de plantio para a próxima semana.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Dezembro/2017: 3,39 (+2,75 cents)
Março/2018: 3,53 (+3,75 cents)
Milho no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Rio Grande do Sul: 32,00
Paraná: 28,00
Campinas (SP): 30,50
Mato Grosso: 21,00
Porto de Santos (SP): 29,50
Porto de Paranaguá (PR): 28,50
São Francisco do Sul (SC): 30,00
Fonte: Safras & Mercado
Café
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quarta-feira com preços mais altos. As cotações voltaram a subir diante de fatores técnicos, com o mercado rompendo a importante linha técnica e psicológica de US$ 1,30 a libra-peso.
A sessão foi volátil e o mercado teve momentos em que esboçou realização de lucros, mas não manteve, com o mercado voltando a ter maior força na ponta compradora. Ajuste de carteiras ante o final do mês foi citado como fator para a atuação compradora e o comportamento do mercado.
Londres
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou o dia com preços mais altos. As cotações subiram dando sequência aos ganhos do dia anterior, com recuperação técnica e acompanhando a valorização do arábica na Bolsa de Nova York.
No Brasil, o mercado teve um dia de preços mais altos. As cotações subiram acompanhando a valorização do arábica na Bolsa de Nova York, do robusta em Londres e a subida do dólar. Assim, o dia foi mais ativo nos negócios, com alguns
produtores aproveitando os ganhos e fazendo caixa. Mas, os que estão melhor de
caixa seguem na defensiva.
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – em cents por libra-peso
Março/2018: 132,20 (+2,35 pontos)
Maio/2018: 134,40 (+2,35 pontos)
Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – em US$ por tonelada
Janeiro/2018: 1.766 (+US$ 23)
Março/2018: 1.759 (+US$ 24)
Café no mercado físico – R$ por saca de 60 kg
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 460-465
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 465-470
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 420-423
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 375-377
Boi
O mercado físico do boi gordo teve preços mais altos em algumas regiões produtoras nesta quarta-feira. Segundo a Consultoria Safras & Mercado, a expectativa ainda é por um movimento de alta consistente durante a primeira quinzena de dezembro, considerando o ápice do consumo.
Na região de Goiânia, onde a arroba está em R$ 135, à vista, livre de Funrual, a arroba já teve uma valorização de 5,5% desde o início do mês.
Outro fator de alta está na restrição de oferta de animais terminados, situação que não deve apresentar mudanças consistentes ao menos até o primeiro bimestre do ano que vem.
No mercado atacadista, os preços também ficaram mais firmes. “O cenário segue propício a reajustes dos preços da carne no curto prazo. Considerando o ápice do consumo durante o último bimestre, além dos estoques enxutos em grande parte dos frigoríficos, consequência da oferta restrita de animais terminados”, disse o analista da Safras, Fernando Iglesias.
Boi gordo no mercado físico – R$ por arroba
Araçatuba (SP): 143,00
Belo Horizonte (MG): 138,50
Goiânia (GO): 135,00
Dourados (MS): 132,00
Mato Grosso: 125,50-128,00
Marabá (PA): 133,00
Rio Grande do Sul (oeste): 4,65 (kg)
Paraná (noroeste): 137,00
Tocantins (norte): 136,00
Fonte: Safras & Mercado e Scot Consultoria
Previsão do tempo
Sul
Nesta quinta-feira, dia 30, uma área de baixa pressão atmosférica se forma no Paraguai e ajuda a espalhar pancadas de chuva com trovoadas para o oeste e sul do Paraná, oeste de Santa Catarina e noroeste e norte gaúcho. Não se descarta até mesmo queda de granizo pontual em áreas mais próximas ao Mato Grosso do Sul. Até o final do dia, a umidade que é jogada do mar contra a costa a partir de uma região de alta pressão atmosférica no oceano também ajuda a trazer chuva isolada no leste catarinense e gaúcho.
Em outras áreas do Sul, o tempo é firme. As temperaturas entram em elevação, principalmente no oeste dos três estados, onde os ventos trazem um ar mais quente do interior do país para essas localidades.
Sudeste
O tempo começa a abrir um pouco mais entre o sul e o centro de São Paulo, mas áreas de instabilidade provocam chuvas na maior parte do Sudeste. Entre o sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e norte de São Paulo as pancadas são mais isoladas, atingindo uma ou outra cidade.
Por outro lado, entre o Espírito Santo e o centro, norte e leste de Minas há condição para chuva generalizada e elevados volumes acumulados. Segue a condição para transtornos em áreas de risco, além de queda de granizo no oeste e centro mineiro.
Centro-Oeste
Uma área de baixa pressão atmosférica se forma no Paraguai e espalha chuvas pesadas sobre Mato Grosso do Sul e sul de Mato Grosso. Além das trovoadas e do elevado volume previsto, há condição para queda de granizo. O tempo mais fechado não deixa a temperatura subir muito. Outras áreas de instabilidade ganham força sobre o Centro-Oeste até o final do dia e também trazem chuvas fortes com trovoadas no centro e sul de Goiás, Distrito Federal e do centro ao noroeste de Mato Grosso.
Nordeste
As nuvens ficam mais carregadas no interior nordestino, mas a chuva acontece ainda de modo irregular entre o centro do Maranhão, sul do Piauí e a maior parte da Bahia. No oeste, centro e sul do estado baiano chove mais forte e de maneira generalizada, o que acaba mantendo as temperaturas um pouco mais baixas.
Já numa faixa que vai do interior pernambucano até o estado cearense, o sol predomina e as temperaturas seguem elevadas. Além disso, os ventos sopram moderados a fortes nesta área.
Norte
Ocorrem mais períodos de melhoria do tempo entre Acre, Rondônia e o sul do Amazonas. Por outro lado, a chuva segue em forma de pancadas entre a manhã e a tarde no noroeste e centro do Amazonas, sul e leste do Pará e no Tocantins. Entre a região de Palmas (TO) e o sul do Tocantins, a chuva é mais forte.
Fonte: Somar Meteorologia
Fonte: Canal Rural