As atividades agrícolas e pecuárias são responsáveis por aproximadamente 70% da mudança no uso da terra.
A América Latina e o Caribe assumiram a liderança global para marcar um roteiro que visa o uso sustentável e eficiente dos recursos naturais, biodiversidade e ecossistemas. Fato ocorreu depois elaboração de um Plano Regional sobre a integração da biodiversidade nos sistemas de produção de alimentos durante o Diálogo Regional de Alto Nível realizado no México.
O plano, que receberá o apoio técnico da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), procura reverter as tendências regionais que têm acompanhado a expansão da agricultura, como a produção e uso intensivo de insumos, degradação do solo, perda de biodiversidade e desmatamento. Isso porque a extração de água na região duplicou com uma velocidade superior à média mundial.
Nesse cenário, 14% de degradação do solo no mundo ocorrem na América Latina e no Caribe e a taxa de desmatamento foi estimado em 2,2 milhões de hectares por ano no período de 2010 a 2015. De acordo com Hivy Ortiz Chour, Oficial Regional de Florestas da FAO para a América Latina e o Caribe, as atividades agrícolas e pecuárias são responsáveis por aproximadamente 70% da mudança no uso da terra.
“O Plano Regional tem uma abordagem de gestão da paisagem, o controle da contaminação da água e do solo, a redução do uso de insumos agrícolas poluentes, a conservação e promoção da diversificação produtiva de variedades locais, a valorização e o uso de conhecimentos tradicionais ligados a práticas produtivas e esquemas produtivos alternativos que favorecem a produção sustentável de alimentos diversos e nutritivos”, comenta.
Mirna Cunningham, vice-presidente do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC), ressaltou o papel vital dos povos indígenas para conservar a biodiversidade. “Os 826 povos nativos da América Latina e do Caribe têm 80 milhões de quilômetros quadrados de território em que estão integrando a biodiversidade”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
