Com crescimento de 5,7% no primeiro trimestre, o agro está cada vez mais aberto à tecnologia para ter acesso a crédito e facilitar pagamentos
Movimentando quase R$2 trilhões ao longo de 2020, o agronegócio representa mais de um quarto do total do PIB do país. Segundo dados do IBGE, somente no ano passado, mesmo em um cenário de crise, o agro cresceu 24,3% em relação a 2019. No primeiro trimestre deste ano, o segmento registrou alta de 5,7%. Graças à grande aderência a novas tecnologias e à alta demanda por crédito, o setor tem se mostrado terreno fértil para fintechs especializadas. Essas startups financeiras oferecem as mais variadas soluções para os produtores rurais, desde meios eletrônicos de pagamento até concessão de crédito.
“Observamos que a digitalização cresce exponencialmente dentro do agronegócios. Hoje, o agro é um dos setores mais tecnológicos do Brasil. O produtor rural está mais conectado do que nunca. Esse é um dos motivos pelos quais as fintechs estão ganhando espaço dentro do agro. Com o alto faturamento do setor, há também a demanda de que serviços financeiros sejam realizados de forma dinâmica e com uma considerável redução nos processos burocráticos. A Rural Pago nasceu de uma necessidade tecnológica que comprovamos ao longo de mais de 20 anos trabalhando com agronegócio”, comenta Marcelo Soares, diretor comercial da Rural Pago, fintech especializada no agronegócio que oferece meios eletrônicos de pagamento.
O crescimento do setor se reflete também no maior número de empresas. Com isso, há também o aumento da contratação de crédito pelo segmento.. Embora a concessão de empréstimos para empresários do agronegócio seja amplamente aceita por diversos bancos, a burocracia que envolve todo o processo faz com que as transações demorem para ser realizadas. É aí que as fintechs, que reduzem a burocracia e focam na solução do problema, ganham espaço.
“Com o aumento da tecnologia, aumenta também a preocupação em relação a segurança nas transações bancárias e esse é um dos principais pilares das fintechs. A ideia é que as pessoas possam realizar transações de uma forma tecnológica, rápida e principalmente segura. O empresário do agro se torna cada vez mais digital. Ele deseja e merece ter acesso a esse tipo de serviço”, comenta Soares.
Apesar do momento favorável à tecnologia, o setor ainda enfrenta desafios, sendo um dos principais a falta de acesso à internet em regiões do interior. Contudo, o empresário acredita que a demanda está crescendo e logo esses problemas serão superados. “No futuro, vejo um agro cada vez mais digital, no qual todo o controle financeiro da empresa estará à disposição do empresário em um smartphone, na palma da sua mão. Isso só será possível graças às fintechs”, finaliza Marcelo.
Fonte: Passo Avanti