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Alta pressão de lagartas traciona negócio da AgBiTech, líder absoluta do mercado de baculovírus no Brasil

Dados do levantamento FarmTrak, da consultoria Kynetec, divulgados recentemente, colocam a AgBiTech Brasil na posição de líder do mercado de bioinseticidas à base de baculovírus, frente ao desempenho obtido pela companhia nas culturas de milho e soja. Conforme o CEO global, Adriano Vilas Boas, especificamente na soja, 95% do mercado estão hoje sob domínio da AgBiTech nas áreas onde a empresa atua, sobretudo Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins.

“No mercado de soja, na safra 2023-24 teve registro no Brasil a predominância de baculovírus sobre os biológicos ‘Bt’ (Bacillus thuringiensis)”, ressalta Vilas Boas. “Quando chegamos ao país, sete safras atrás, o uso de biológicos para lagartas era praticamente ancorado na tecnologia Bt”, ele reforça. Conforme os dados da pesquisa Kynetec, na temporada passada, biolagarticidas com baculovírus trataram 59% das áreas de soja, contra 49% dos biológicos Bt.

Pedro Marcellino, diretor de marketing, acrescenta que além de comercializar um portfólio eficaz nos sistemas de manejo de lagartas da soja, o negócio da companhia tem sido impulsionado pelo “avanço preocupante” de ataques de diferentes espécies dessas pragas.

Na sojicultura, ele adianta, o FarmTrak da Kynetec apontou que a alta intensidade de lagartas elevou a área potencial tratada (PAT) com inseticidas em 46% nas últimas três safras, para mais de 99 milhões de hectares no ciclo 2023-24. Em valor, conforme a Kynetec, esse mercado passou de US$ 423 milhões para US$ 705 milhões (+67%). No Piauí e no Pará, mostra o estudo, impressiona o aumento do número de pulverizações com inseticidas: de cerca de 2,5 aplicações por hectare para até seis aplicações por hectare.

Milho safrinha

O FarmTrak da Kynetec também registrou forte pressão de lagartas nas lavouras de milho safrinha do país. Houve este ano, de acordo com a consultoria, uma ampliação de 38%, para 22,5 milhões de hectares, da área tratada por inseticidas, que não crescia havia pelo menos três temporadas.

Em valor, os dados atestam que o mercado de inseticidas na safrinha saiu de US$ 129 milhões para US$ 198 milhões, uma elevação de 54%.

Segundo Marcellino, a pressão de lagartas na safrinha tracionou em 53% as vendas do biolagarticida Cartugen®, da companhia. Ele revela que o produto gerou negócios consistentes, sobretudo, onde a presença das pragas foi considerada alarmante, caso do Mapitobapa. Nesta área, conforme dados da Kynetec, as pulverizações com lagarticidas subiram 150% em 2024, de 2,1 milhões de hectares para 5,3 milhões de hectares.

Fonte: Fernanda Campos 

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