O PIB do agronegócio, que acumulou alta de 9,81% no primeiro semestre, registrou forte crescimento no ramo agrícola, que registrou variação de 5,96% no 2º trimestre e 14,46% no acumulado. Já o ramo pecuário, registrou uma tímida variação de 0,23% para o 2º trimestre, enquanto no acumulado, o resultado foi uma queda de -2,18%. Os cálculos foram feitos pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizados em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
O bom resultado verificado no ramo agrícola, se deu em virtude dos altos avanços dos preços agropecuários reais no segmento primário, o resultado só não foi maior, devido à alta nos custos e as quebras de produção em diferentes culturas em detrimento do clima prejudicial.
Já no ramo pecuário, a queda de 2,18% no acumulado, refletiu o forte aumento nos custos de produção que afetou negativamente as margens dentro da porteira e na agroindústria. Embora no segmento primário tenha tido uma variação positiva, em função da elevação dos preços dos animais vivos e do leite, os insumos de alimentação, que estiveram expressivamente encarecidos já que os grãos operaram em patamares recordes, sobressaíram no resultado final, já que a alta dos custos foi mais acentuada que as elevações nos preços dos produtos.
É importante lembrar que a variação do PIB do agronegócio reflete a evolução da renda real do setor, logo, sendo consideradas variações tanto de volume quanto de preços reais. As variações no ano foram de 20,36% para os insumos, 19,39% para o segmento primário, 4,29% para a agroindústria e 5,72% para os agrosserviços.
Fonte: Comunicação Sistema FAEG/Ifag