Depois de passar o ano de 2024 em baixa, com uma redução no número de vendas de 19,8%, em relação a 2023 – segundo dados apresentados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) – o mercado brasileiro de máquinas agrícolas olha para 2025 com otimismo, tendo em vista os resultados conquistados pelo setor em janeiro, quando a comercialização de maquinário cresceu 55% em comparação ao mesmo mês de 2024.
Segundo o agricultor, influenciador e embaixador dos lubrificantes Mobil™ no segmento agrícola, João Pierobon, a alta tem sido motivada por um reconhecimento crescente da importância de se investir em tecnologia para promover uma ampliação na produtividade. “Como produtor de soja, eu sinto na pele a necessidade de empregar um maquinário de ponta na minha lavoura, como forma de otimizar a produção. Por isso, quando tenho bons resultados, parte do luro é revertido em investimento para adquirir novas máquinas e realizar a manutenção adequada daquelas com que eu já atuo. O aquecimento desse setor se justifica porque vários outros produtores pensam como eu e têm entendido a importância da tecnologia para o campo”, explica.
Além da alta no número de vendas, o segmento de máquinas agrícolas também deve ser impactado por uma flexibilização prevista pela Resolução nº 1.107/2024, publicada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), e que dispensa a Autorização Especial de Trânsito (AET) para máquinas com até 3,20 metros de largura que atendam a requisitos como a presença de um batedor, tráfego entre o amanhecer e o pôr do sol e limitação de 40 km em vias pavimentadas. A medida, associada a outros fatores propostos pela norma, atende a demanda dos produtores rurais por mais eficiência nas vias e segurança na circulação das máquinas agrícolas.
De acordo com Pierobon, a flexibilização para circulação em vias deve dinamizar o uso de maquinário, o que vai ao encontro do terceiro fator de mudança para o setor em 2025: o Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq), que objetiva modernizar o setor agropecuário, aumentar a produtividade rural, promover o desenvolvimento e reduzir as desigualdades regionais – segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária -através da aquisição e da doação de máquinas e equipamentos agrícolas em redes e parcerias com organizações públicas e privadas.
Com a aproximação da COP 30 no Brasil, a busca por sustentabilidade também ganha mais espaço no mercado de máquinas agrícolas, impulsionando o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e ambientalmente responsáveis. Com isso, fabricantes têm investido em equipamentos que reduzam o consumo de combustível e as emissões de poluentes, alinhando-se às exigências ambientais e às práticas ESG. Com um cenário favorável à modernização e medidas que facilitam a circulação e o acesso a novas tecnologias, 2025 se desenha como um ano promissor para o setor, consolidando a importância da inovação para o crescimento do agronegócio brasileiro.
Fonte: Milena Almeida – Mosaike
