A elevação da taxa Selic tem imposto uma nova realidade ao produtor rural brasileiro. Com os juros em alta, o crédito ficou mais caro e, ao mesmo tempo, menos acessível, dificultando o financiamento da safra e comprometendo o fluxo de caixa no campo.
“Com o aumento dos juros, os custos de financiamento cresceram significativamente, a instabilidade no cenário de liquidez dos últimos anos gerou uma escassez real de recursos para o produtor”, explica Tiago Sakagushi, gerente de Barter e de Trade do Grupo Conceito. Segundo ele, a combinação entre crédito limitado e custo de produção elevado tem sido um dos principais entraves da atual temporada.
Nesse cenário, o Barter vem se consolidando como uma alternativa viável ao crédito bancário tradicional. Por não envolver juros nem custos adicionais, a operação permite que o agricultor financie a produção com base em uma relação de troca previamente definida, geralmente com a entrega futura de grãos. “É uma ferramenta que oferece previsibilidade. O produtor sabe exatamente o volume que precisará entregar, mesmo que a Selic volte a subir”, destaca Sakagushi.
Além da previsibilidade, outra vantagem é a aderência do Barter aos custos de produção. Como a operação está diretamente vinculada à realidade da lavoura, ela se mostra mais alinhada às margens do produtor. Esse modelo tem despertado o interesse principalmente dos agricultores mais capitalizados, que costumam planejar com antecedência e já buscam travar seus custos para garantir maior rentabilidade.
As culturas de milho e soja continuam sendo as mais atendidas por esse tipo de operação. Para viabilizar o processo com segurança, o Grupo Conceito conta com uma equipe especializada no mercado de grãos e disponibiliza ferramentas financeiras que ampliam as opções de negociação. “Incluímos todos os insumos necessários para a safra nesses contratos, o que permite ao produtor acesso completo ao que ele precisa para seguir com o plantio”, afirma o gerente.
Com a perspectiva de que os juros continuem elevados por mais tempo, a expectativa é que o Barter ganhe ainda mais espaço nas próximas safras. Para os produtores que desejam fugir do sistema bancário, a recomendação de Sakagushi é clara: “É fundamental comparar a taxa de retorno da lavoura com os custos financeiros. Buscar alternativas mais baratas pode fazer a diferença entre um ciclo rentável e um apertado”.
Embora o modelo atual de Barter já conte com garantias consolidadas no mercado, o Grupo Conceito segue atento às necessidades dos produtores e preparado para apoiá-los em meio à instabilidade econômica, oferecendo um portfólio diversificado de insumos e soluções financeiras que vão além do Barter.
Fonte: Cláudia Rodrigues Santos Nunes