O levantamento da FAO (Food and Agriculture Organization), agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para a Alimentação e a Agricultura, divulgado em janeiro deste ano, estima que no ritmo atual de consumo, em 2050 será necessário produzir 60% a mais de comida, 50% a mais de energia e 40% a mais de água. O cenário acende um alerta: se nada for feito, estaremos produzindo menos do que o necessário para alimentar a população mundial.
Atualmente, mais de 2 bilhões de pessoas já enfrentam algum grau de insegurança alimentar, segundo a ONU. Para evitar que esse número cresça ainda mais, é fundamental acelerar a adoção de soluções tecnológicas e sustentáveis no agronegócio.
Segundo Luís Schiavo, CEO e fundador da Naval Fertilizantes, empresa especializada em produtos biológicos, nutrição e tecnologia de aplicação para as lavouras, o caminho para virar esse jogo está no uso inteligente dos recursos disponíveis. “Produzir mais sem precisar abrir novas áreas para o cultivo é um dos maiores desafios do agronegócio moderno e também uma das principais soluções para garantir a segurança alimentar global de forma sustentável. Para isso, a palavra-chave é eficiência, que implica em tirar o máximo potencial da terra cultivada, com inteligência, inovação e, sobretudo, respeito ao meio ambiente”, diz.
“Produzir mais com menos é o grande desafio. Isso passa por utilizar fertilizantes de forma correta e estratégica, aplicar agricultura de precisão para otimizar insumos e investir em tecnologias”, explica.
Combinar práticas modernas de manejo com tecnologias de alto desempenho, como drones, que permitem um olhar mais atento e eficiente sobre a lavoura, associadas à utilização de fertilizantes de forma correta e estratégica e aplicação de agricultura de precisão para otimizar insumos é o caminho para melhorar a produtividade sem expandir a área cultivada. “Isso não oferece apenas uma vantagem competitiva, mas representa uma necessidade global e urgente”, finaliza Schiavo.
Fonte: Denise Almeida