*Por J. R. Guzzo
O único setor da economia brasileira que realmente funciona com sucesso, e que no fundo acaba garantindo que a população viva com um mínimo de normalidade, sem crise cambial, importando comida e outros horrores, é o agronegócio. Nada mais natural, portando, que seja o mais perseguido pela elite pensante, pela parte da máquina publica empenhada em sabotar a economia e pela esquerda em geral. Está dando certo? Então nós somos contra.
Para essa gente toda, com PT e MST à frente e o resto servindo de inocente útil (ou de cúmplice, mesmo) o extraordinário sucesso da agricultura e da pecuária brasileiras é mais ou menos a pior notícia que poderia haver no momento. É a prova definitiva que o capitalismo está sendo a melhor solução para o campo – e essa é uma ideia que não podem tolerar. Mais: o agronegócio cresce a cada ano, e a cada ano que cresce fica um inimigo mais difícil de se derrotar.
Este ano a safra de grãos do Brasil vai ficar perto das 300 milhões de toneladas, com a produção de alimento para 1,5 bilhão de pessoas ao redor do mundo – um recorde absoluto num setor acostumado a recordes, e que consolida o agronegócio brasileiro, definitivamente, entre os três maiores produtores rurais do mundo, ao lado de Estados Unidos e China. Na pecuária, com o maior rebanho comercial do planeta, o Brasil é hoje o principal exportador mundial de carne.
É justamente na pecuária, neste momento, que se concentra o tiroteio da esquerda, da universidade e das classes intelectuais – com a participação cada vez maior de grandes empresas obcecadas com o “politicamente correto”, a começar pelos bancos. (Os bancos no Brasil de hoje são de esquerda. São a favor do consenso anticapitalista, dos movimentos negros, de mulheres, gays, índios e da linguagem neutra. São contra a “mudança climática”, as emissões de carbono e o presidente da República.)
A estratégia de guerra dessa gente toda, no momento, é vender para o público a mentira segundo a qual o agronegócio, e sobretudo a pecuária, está destruindo o “equilíbrio ecológico do planeta”. A pedra fundamental de sua campanha é uma informação falsa: a que o gado está infestando o mundo de carbono, e que isso vai matar a todos nós. O que acontece, cientificamente, é o exato contrário: os 200 milhões de bois brasileiros desempenham um papel absolutamente fundamental na absorção de carbono pela terra e são hoje a principal barreira à desertificação do solo.
Não há miséria, nem terra destruída pelas transformações climáticas, nos lugares onde há agricultura e pecuária modernas – o que acontece é exatamente o oposto. O Brasil, na verdade, é o mais notável exemplo, em todo o mundo, de como o espetacular sucesso do agronegócio está tendo um papel-chave na preservação do meio ambiente.
Prepare-se, portanto, para ver cada vez mais ataques à agricultura e à pecuária brasileira. Este é o país campeão mundial da mentira, agora disfarçada em “ciência”
*J.R. Guzzo é jornalista
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