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Acordo comercial entre Brasil e União Europeia os desafios que os exportadores brasileiros estão enfrentando nesse novo cenário

Acordo Brasil–União Europeia, após 20 anos de negociações, o Parlamento Europeu aprovou, na última semana, o aguardado acordo comercial entre Brasil e União Europeia. A expectativa é de ratificação em dezembro, e o tema vem sendo apontado como um divisor de águas para a indústria brasileira.

Mas, além da redução de tarifas, há um risco pouco falado: a documentação técnica e regulatória. Erros em certificados, rótulos e laudos podem travar embarques inteiros, mesmo para empresas com produtos competitivos, Gabriel Del Bello  CEO da Gold Traduções, comenta sobre os desafios que os exportadores brasileiros estão enfrentando nesse novo cenário e o cuidado que eles precisam ter com as documentações exigidas em cada país. 

  1. O que representa esse acordo histórico entre Brasil e União Europeia?
    Esse é um marco que pode reposicionar o Brasil no comércio global. Estamos falando de acesso a mais de 450 milhões de consumidores e de tarifas reduzidas em setores como alimentos, cosméticos e químicos. É uma chance real de ganhar escala e margem, mas só para quem estiver preparado.
  2. Onde estão os maiores desafios para a indústria brasileira nesse novo cenário?
    O desafio não é só vender mais barato. O gargalo está na documentação. A União Europeia é extremamente rigorosa: certificados, rótulos, laudos técnicos, tudo precisa estar impecável e traduzido no padrão correto. Um detalhe fora do lugar pode barrar um embarque inteiro.
  3. Que tipo de documento exige mais atenção?
    Contratos comerciais, fichas de segurança (SDS), certificados de análise e rotulagem bilíngue. São pontos que parecem simples, mas que definem se a carga chega ao destino ou volta para o porto de origem.
  4. Então não basta ter um bom produto?
    Exato. Eu costumo dizer que não basta ter produto competitivo, é preciso ter papelada competitiva. Hoje, a documentação é parte da estratégia comercial tanto quanto o preço ou a qualidade.
  5. Qual é o risco de não se adequar?
    Risco de perder contratos, atrasar entregas, pagar multas e até perder clientes estratégicos. O mercado europeu tem outras opções, e quem não cumpre regras perde espaço rapidamente.
  6. E quais seriam as dicas práticas para os exportadores brasileiros?
    – Primeiro: revisar toda a documentação com foco nos padrões da União Europeia. – Segundo: investir em traduções juramentadas e técnicas de qualidade.
    – Terceiro: preparar versões adaptadas por jurisdição, já que cada país europeu pode ter nuances regulatórias.
    Quem fizer isso vai aproveitar o acordo; quem não fizer, vai ficar para trás.

“Esse acordo pode ser um divisor de águas para a indústria brasileira. Mas ele só vai beneficiar quem estiver pronto para responder rapidamente às exigências do mercado europeu. Documentação é um gargalo invisível que pode definir quem ganha e quem perde competitividade”, complementa Del Bello.

Fonte: VERONICA ALMEIDA

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