A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) celebra a trajetória de sete décadas de defesa, fomento e valorização da raça Nelore com o lançamento do livro “ACNB, 70 anos a serviço da raça Nelore”. A obra foi apresentada na Nelore Fest, realizada em São Paulo no 7 de dezembro, com a presença de mais de 400 pecuaristas de todo o país, Paraguai e Bolívia. O evento premiou os vencedores do Ranking Nacional Nelore, Nelore Mocho e Nelore Pelagens e do Circuito Nelore de Qualidade, além de homenagear personalidades que contribuem para o sucesso do Nelore e da pecuária brasileira.
Em mais de 160 páginas, o livro conta a história da ACNB desde sua fundação, em 1954, ocorrida em evento agropecuário realizado no Parque da Água Branca, na capital paulista, até 2024, quando o olhar volta-se ao futuro da raça e da pecuária. A jornada é complementada por uma análise política e econômica de cada década e enriquecida por entrevistas com ex-presidentes e ex-funcionários da “sociedade do Nelore”, como ficou inicialmente conhecida.
“Durante 70 anos, a ACNB tem realizado um importante trabalho de representação dos criadores de Nelore, o que passou por uma evolução do rebanho que culminou em uma revolução na qualidade da carne bovina brasileira, hoje excepcional. Este livro conta um pouco do caminho que trilhamos, com apoio de muitos personagens relevantes e com ideias incríveis”, afirma o atual presidente da ACNB, Victor Paulo Silva Miranda.
“Trata-se de uma ampla e responsável pesquisa, com base em documentos e entrevistas, com o objetivo de eternizar em palavras e imagens uma trajetória maravilhosa, que sedimenta o que vem no futuro”, escreveu o dirigente em seu prefácio. “Somos apaixonados pelo Nelore e toda a nossa dedicação visa sua evolução. E a ACNB, rumo ao centenário, segue no seu trabalho de fomento, defesa e valorização da raça. Afinal, o Nelore é a raça e a carne do Brasil.”
Capítulos
Além do prefácio assinado pelo atual presidente da ACNB, a apresentação da obra (“De Ongole na Índia à Nelore do Brasil: uma breve história”) conta como o gado indiano chegou ao Brasil, foi crescendo em importância e criou as bases para o surgimento da ACNB, também conhecida como “Nelore do Brasil”. Na sequência, o primeiro capítulo (“A Sociedade do Nelore”) trata do cenário e do surgimento da entidade e sua estruturação até 1963.
Os capitulo 2 e 3, respectivamente “O que é bom precisa de exposição” (de 1964 a 1973) e “O milagre genético” (de 1974 a 1983) abordam a idealização e realização da primeira Exposição Internacional do Nelore (Expoinel), que teve suas primeiras edições de forma itinerante, e o foco na seleção genética dos reprodutores, visando o contínuo melhoramento, permitido pelo surgimento e pela popularização de tecnologias, como a inseminação artificial.
O capítulo 4, “Um rebanho ranqueado e de qualidade”, retoma as origens dos Rankings Nacionais (que hoje são três: Nelore, Nelore Mocho e Nelore Pelagens), ao abordar o período de 1984 a 1993. Os 10 anos seguintes, 1994 a 2003, são temas do capítulo 5 – “O boi de capim no circuito da qualidade” – e mostram como os primeiros abates técnicos, feitos para estudo, resultaram no maior campeonato de avaliação de carcaças de bovinos do mundo, o Circuito Nelore de Qualidade.
O capítulo 6, “Nelore na avenida e no churrasco” (2004 a 2013), recupera um episódio relevante da raça na cultura popular: o Nelore foi tema de desfile vencedor da escola de samba Império de Casa Verde no carnaval paulistano de 2006. Já o capítulo 7, “O protecionismo do Nelore no prato e no mercado” (de 2014 a 2023), revela como as ações da ACNB deram “credibilidade” à carne brasileira, criando certificações para animais produzidos a partir de critérios de qualidade bem estabelecidos.
No capítulo 8 (“Conquistas e desafios”), que antecede um anexo final com todas as diretorias da associação, são evidenciados tópicos que devem ganhar força na pecuária nos próximos anos. “A raça Nelore representa o futuro da produção pecuária sustentável, que será responsável por alimentar importante parte da população do planeta nos próximos 30 anos, quando estaremos celebrando o centenário da ACNB”, comentou o presidente Victor Miranda na obra.
Fonte: Graziele – Texto Comunicação Corporativa
