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Açaí protagoniza negócios do norte ao sul do país e cresce 15 mil % em 10 anos

Alimento tem conquistado cada vez mais consumidores; indústria registra pico de produção com mais de 200 toneladas e franquias crescem de forma exponencial

Assim como a banana e o feijão, alimentos tipicamente nacionais e conhecidos em todas as regiões, o açaí tem conquistado os brasileiros, seja aliado com composições salgadas quanto doces. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), no intervalo de 10 anos, de 2012 para 2022, houve crescimento de 15 mil % na comercialização do fruto. Em 2021, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção foi de 1.485.113 toneladas. A versatilidade do açaí, que é repleto de antioxidantes e outras características, assim como o salto de negócios de alimentação em que é protagonista, têm contribuído para o cenário promissor.

A Amadelli, fábrica que produz 12 sabores de açaí no Paraná e distribui para oito estados brasileiros, atingiu o pico de 240 toneladas apenas nos primeiros quatro meses do ano, atendendo as franquias The Best Açaí. “O açaí chega para nós em polpa e preparamos os 12 sabores, desde diet até com amarena, por exemplo. Todos sem adição de corantes e conservantes”, explica Sérgio Kendy, sócio e fundador da Amadelli e da The Best Açaí. A fábrica foi criada em 2018 para atender a demanda da rede com padronização e qualidade.

Consumido com salgados mais ao Norte e doces mais ao Sul do país, com alimentos quentes ou frios, a fruta tem conquistado desde crianças até a população mais idosa. “O açaí é nosso, é brasileiro e considerado uma fruta nutritiva. Por ser fonte de antioxidantes, vitaminas e minerais, contribuiu para sua popularização como uma opção saudável”, diz Kendy.

A versão doce, em especial, tem conquistado notoriedade com o crescimento de negócios que levam a fruta como protagonista. A The Best Açaí, por exemplo, atingiu 250 franquias no mês de julho. “Para 2023 a The Best Açaí deseja atingir 300 franquias e um faturamento de R$ 350 milhões. Atualmente temos a fábrica, a franqueadora e a logística, não só de açaí como também de sorvetes. Produzimos 24 sabores que, somados aos de açaí, totalizam 36 opções disponíveis para os clientes no modelo self-service da rede”, diz Kendy. Para ele, os números são consequência de um percurso bem construído e um mercado em alta. “Nossos franqueados são os responsáveis por vender o negócio. Eles precisam estar felizes e realizados. Isso só acontece quando todos crescem e evoluem em conjunto”, diz o CEO.

Multifranqueados contribuem com a geração de negócios

Entre as estratégias da The Best Açaí está a satisfação da rede de franqueados e os cases de sucesso que são frequentes. Um exemplo é Jairo Roberto de Almeida que vendeu sua casa para investir na primeira unidade e abriu mão do concurso público de 15 anos após o sucesso das lojas. Atualmente com seis franquias, projeta para 2023 o faturamento de R$ 10 milhões como multifranqueado. “A família inteira passou a se envolver nos negócios, aproximadamente oito pessoas fazem a gestão das franquias. Nos damos super bem e trabalhamos juntos, somando nossos esforços. Posso dizer que a The Best Açaí mudou nossas vidas para muito melhor e nos uniu”, comemora Jairo.

Já Daniela Bona tem quatro franquias e puxou a família e amigos para o negócio. “Costumo sempre dizer que a The Best Açaí contribuiu para que eu e meu esposo ficássemos juntos. Para ficarmos juntos em Blumenau resolvemos abrir uma unidade da The Best Açaí. Seria a primeira de quatro atualmente”, resume Daniela. Ela e o marido possuem quatro unidades na região, seus sogros mais três unidades, também em Santa Catarina, e mais dois casais de amigos próximos abriram quatro unidades a partir da indicação dela.

“Ficamos muito felizes e ao mesmo tempo sabemos da responsabilidade enorme que temos em mãos. Eu e meus sócios, Mateus Bragatto e Mateus Queiroz, abrimos a primeira loja com R$ 15 mil reais, R$ 5 mil reais de cada um, e uma força de vontade absurda de fazer o negócio dar certo. Em 2023 completamos seis anos e continuamos fazendo questão de despertar a veia empreendedora nos nossos franqueados. Oferecemos um modelo funcional de operacionalizar com produtos e logística próprios, mas sempre reforçamos que o sucesso da franquia depende do quanto o franqueado acredita e se dedica. Tudo na vida é assim e aqui não seria diferente”, finaliza Sérgio Kendy, sócio e fundador.

Fonte: Julia Cristina Nascimento e Silva

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