*Por Gabriela Botelho
Embora o algodão seja uma planta autógama e não dependa de polinizadores para sua reprodução, as abelhas podem contribuir substancialmente para o aumento da produtividade do algodoeiro, além de beneficiar a qualidade e quantidade de fibras e a formação de sementes.
Estudos apontam que o aumento da produtividade da cultura por interferência das abelhas pode chegar a 20%. Isso acontece porque as flores de algodão são extremamente atrativas para estes insetos, já que apresentam tamanho grande, presença de nectários florais e extraflorais e abundante disponibilidade de pólen.
Os benefícios para o algodoeiro são ainda maiores quando há diversidade de espécies de abelhas no entorno da cultura já que com tamanhos e comportamentos diferentes, as espécies atuam em ação complementar. A presença destes insetos em cultivos de algodão é mais frequente em áreas próximas à vegetação nativa, o que enfatiza a importância da disponibilidade de ofertas de recursos florais variados.
Para usufruir dos benefícios das abelhas na lavoura, é de extrema importância que o agricultor adote práticas que favoreçam a presença de polinizadores nos sistemas de plantio de algodoeiro, como a manutenção de vegetação nativa próxima aos plantios, a manutenção de um canal de comunicação com criadores de abelhas para prevenir a ocorrência de danos provocados por defensivos agrícolas às atividades das abelhas; consultar as recomendações que constam em bula do defensivo agrícola para uma aplicação segura e realizar treinamentos frequentes para aplicadores de defensivos sobre o uso correto e seguro dos produtos .
Outra ação que pode auxiliar o produtor na conservação das abelhas é buscar conhecer mais sobre os polinizadores, as principais espécies e saber diferenciá-las dos demais insetos que representam prejuízos ao cultivo. Para levar informação e conhecimento aos produtores e profissionais do campo, a IHARA disponibiliza um manual sobre a polinização em diferentes culturas. No portal IHARA você pode se informar, baixar o e-book gratuito e conhecer mais sobre o projeto Conviver. Acesse aqui!
Fonte: Ludymila Marques