Estreio no Canal AgroMulher tratando de dois temas que gosto muito: gestão trabalhista rural e mulheres no agronegócio.
O mercado de trabalho e agrícola, bem como, o direito agrário, não são mais os mesmos. A Reforma Trabalhista trouxe um novo olhar sobre as relações de trabalho, inclusive, no campo. A tecnologia com balanças digitais, pivôs, drones e aplicativos estão à nossa disposição para melhorar a produtividade e, também, a competitividade. Estamos em constante transformação!
Por outro lado, nós mulheres, filhas e netas de produtores rurais, tínhamos aquela dúvida de o que fazer com a herança da família, pois nos foi dito que a solução era arrendar ou vender as áreas recebidas. Hoje já vemos mulheres gerindo suas fazendas e lavouras e temos por aí belos exemplos de sucessoras do agronegócio.
Neste ponto, é a habilidade feminina para a gestão de pessoas que nos chama a atenção. O feeling, a dedicação e organização das mulheres fazem com que sua administração na propriedade rural gere bons resultados na gestão trabalhista. Não é por acaso que as pesquisas apontam que grandes empresas buscam líderes mulheres.
A gestão trabalhista rural está ligada à organização e implementação de rotinas, itens que são inerentes à rotina da mulher diante da sua função multitarefa. Veja-se que um dos grandes problemas que encontramos é a desorganização do produtor rural, que segue gerindo sua propriedade como nos tempos dos seus antepassados e, não, como uma empresa. Falo sobre isso no livro: Direito e Gestão Trabalhista Rural, publicado pela Escola Superior do Agro – Esagro.
Por isso, precisamos treinar nosso olhar para as tecnologias, para o aumento da produtividade. Porém, não podemos fechar os olhos para o material humano das nossas empresas. Uma gestão trabalhista rural responsável é mais benéfica do que se imagina, eis que o passivo trabalhista é um dos problemas que mais aflige os gestores. Assim, quando se está à frente da gestão dos negócios deve-se buscar soluções simples para problemas recorrentes, minimizando riscos. Em especial, na esfera trabalhista, onde a justiça é mais rápida e mais feroz na penhora de bens e ativos. O mundo está em constante evolução, precisamos abandonar velhos padrões!
Fonte: Agro Mulher Por Daiane Monteiro
Crédito: Blog Belgo