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A convite da Abapa, estudantes de jornalismo acompanharam a colheita e conheceram mais sobre a produção de algodão no Oeste da Bahia

Que o Oeste da Bahia é um grande “celeiro” do estado, graças à produção em larga escala de alimentos e algodão, é um fato que muitas pessoas só conhecem através dos veículos de comunicação. Foi pensando nos futuros jornalistas que apresentarão, em suas matérias, essa realidade para o mundo, que a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) realizou a etapa de “Visitas técnicas e Ciclo de palestras”, pré-requisito da categoria Jovem Talento, do Prêmio Abapa de Jornalismo 2023, nos dias 28 de 29 de agosto.

O prêmio está na terceira edição e tem por objetivo reconhecer os profissionais de imprensa que trabalham na cobertura da cotonicultura baiana, assim como fomentar o interesse de estudantes de jornalismo por este agronegócio, no qual a Bahia se destaca como o segundo maior produtor nacional. A iniciativa totaliza R$81 mil, distribuídos nas categorias e modalidades divulgadas em edital, no site www.abapa.com.br.

Ao todo, 64 estudantes de seis universidades baianas – UFBA, Unifacs, UniFTC, Unijorge, UESB e Unime – deixaram Salvador e Vitória da Conquista para ver de perto o conceito de “cadeia produtiva”. Eles acompanharam a colheita, o beneficiamento e a classificação da fibra, visitaram uma indústria de esmagamento de caroço, e aprenderam sobre os muitos usos desta matéria-prima da qual tudo se aproveita. O que viram, presencialmente, ilustrou a palestra, proferida por um economista, sobre agronegócio e os seus muito elos. Já com a apresentação “Sou de Algodão: quando a sustentabilidade e a rastreabilidade encontram a moda”, puderam ver a experiência inovadora promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) que aproximado cotonicultores, estilistas, designers, outros elos da cadeia e consumidores finais, pela promoção de uma moda mais responsável, com respeito à diversidade e à natureza.

“A produção de algodão sempre fez parte da história da Bahia, mas foi por volta dos anos 2000, com a introdução da cultura no Oeste do estado, que ela se modernizou, atingiu níveis recordes de produtividade e sustentabilidade, e vem contribuindo, decisivamente, para o desenvolvimento regional e da economia baiana como um todo. Isso é um fato relevante que precisa ser conhecido pelos futuros profissionais de imprensa”, explica o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

Segundo Bergamaschi, por causa da distância da capital, muitos desses estudantes jamais estiveram na região e não imaginavam o que encontrariam. “Além de encurtar essas distâncias queremos mostrar como uma região em rápida expansão é demandante de mão de obra especializada, com oportunidades, inclusive, na área de comunicação”, afirmou. Em sua apresentação, no Centro de Treinamento da Abapa, Bergamaschi falou sobre produção, mercado e os programas que a Abapa realiza, em qualidade, fitossanidade, sustentabilidade, logística, capacitação profissional, dentre outros.

Para Alessandra Zanotto, vice-presidente da Abapa, a cada visita, fica a certeza de que este é um projeto muito importante e uma decisão acertada da associação. “É impressionante o quanto nós aprendemos com os alunos, tanto quanto eles conosco. Essa aproximação é necessária e precisa ser aperfeiçoada constantemente. Os estudantes, muitas vezes, desconhecem o que acontece em seu próprio estado e nós precisamos nos apresentar e ouvir o que eles pensam. Como outros projetos da Abapa, que promovem o conhecimento, a educação e a capacitação pessoal, o Prêmio Abapa de Jornalismo é uma oportunidade de reduzir as distâncias que separam o campo e a cidade, realidades que não são opostas, mas complementares”, afirmou Alessandra.

“É um grande prazer participar e colaborar com essa iniciativa, falar sobre o algodão brasileiro, rastreabilidade e sustentabilidade, além da promoção que a Abrapa desenvolve com o movimento Sou de Algodão. Essa é uma iniciativa ímpar porque permite que segmentos e estudantes que não são do ramo da agronomia possam conhecer tanto o trabalho que é desenvolvido dentro das fazendas brasileiras, em especial, aqui na Bahia”, afirmou a diretora de Relações Internacionais da Abapa, Silmara Ferraresi.

“Surpreendente”

Ruth Cruz, está no sétimo semestre de jornalismo, na Faculdade de Comunicação (Facom), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “Eu achei essa experiência muito interessante, pois minha ideia acerca do agro era a de quem vive na cidade. Eu sempre imaginei que o agro era focado em, simplesmente, extrair da terra tudo o que ela pudesse dar, sem muita responsabilidade ambiental, mas a minha experiência aqui, ao saber mais sobre o algodão, me mostrou que existe toda uma cadeia e uma preocupação real em manter a terra fértil, as reservas e até corredores ecológicos. Isso me motivou, de certa forma, a tentar entender mais como isso (a produção agrícola) funciona porque eu também sou consumidora”, disse.

Estudante de jornalismo do oitavo semestre da UniFTC e já estagiando na área, o jovem Thiago Teixeira afirma já ter um conhecimento prévio sobre a produção brasileira de commodities e o posicionamento da Bahia nesse cenário. Mesmo assim, segundo ele, não tinha noção do quando o processo era vasto e moderno. “Fiquei impressionado com a tecnologia, com a forma como os rolos de algodão saem da lavoura. A gente sabe que, com o avanço tecnológico, a tendência é que alguns empregos ‘sumam’ para abrir outras portas de profissionalização”, concluiu.

Fonte: Catarina Guedes 

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