Considerado o maior memorial dedicado à agricultura da América Latina, o MEA – Memorial da Evolução Agrícola, completou dois anos como um dos principais pontos de cultura, turismo e memória do Noroeste gaúcho. O complexo está localizado em Horizontina, território emblemático pela tradição agrícola e pela inovação — berço da primeira colheitadeira automotriz do Brasil, a SLC 65-A.
Iniciativa do Ministério da Cultura e do Instituto John Deere, viabilizada pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, o MEA oferece programação gratuita, acessível e aberta à comunidade. Ao longo de seus dois primeiros anos de funcionamento, o Memorial já contabiliza mais de 130 mil visitações, consolidando-se como um espaço que integra ciência, tecnologia, arte e cultura, atraindo públicos de diferentes idades e origens.
Além da visitação espontânea, o MEA vem ampliando sua agenda educativa e cultural. Nesse período, foram realizadas mais de 440 atividades educativas, impactando diretamente mais de 26 mil pessoas e atendendo cerca de 600 instituições, entre escolas, universidades e organizações sociais. Aproximadamente 30 mil estudantes participaram de ações educativas e visitas mediadas nestes dois anos
Entre os programas desenvolvidos pelo Memorial estão o Prosas com a Escola, voltado à formação de professores e ao diálogo com estudantes; o Mãos e Fios, que valoriza práticas artesanais e saberes tradicionais; o Roda com Ciência, que aproxima ciência, tecnologia e comunidade; e o Lazer no MEA, que integra esporte, bem-estar e vínculos comunitários.
“O segundo ano mostrou a força do MEA como um espaço cultural profundamente integrado à comunidade. O engajamento nas atividades reforçam que o Memorial cumpre um papel social, educativo e cultural fundamental para a região”, avalia Karina Muniz Viana, diretora do Memorial.
Experiências para todos os públicos
O público encontra no MEA um conjunto amplo de experiências educativas, culturais e socioambientais voltadas a estudantes, professores, famílias, pessoas idosas, pessoas com deficiência, agricultores e turistas. A exposição permanente, totalmente gratuita, apresenta ambientes imersivos que narram a evolução da agricultura no país e convidam à reflexão sobre o futuro sustentável do campo.
O Memorial também abriga a Cozinha Experimental, o Ateliê Educativo, áreas de lazer e bem-estar e desenvolve oficinas, rodas de conversa, apresentações musicais, espetáculos teatrais e ações em parceria com escolas e universidades. Para instituições de ensino, o agendamento é gratuito e conta com mediações educativas especializadas.
Consolidação na comunidade gaúcha e novas parcerias
Um dos marcos recentes da trajetória do MEA foi a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). A parceria prevê intercâmbio de acervos, ações conjuntas e iniciativas voltadas à valorização da memória social e cultural do Rio Grande do Sul, com início das ações previsto para 2026.
Outro destaque foi o reconhecimento do MEA como Instituição de Utilidade Pública Municipal, por meio da Lei nº 4.343, aprovada por unanimidade na Câmara Municipal e sancionada em agosto. O título consolida o Memorial como referência cultural e social em Horizontina e em toda a região Noroeste.
A certificação não altera a gestão privada do Memorial, que segue como entidade sem fins lucrativos, gratuita e aberta ao público, mas amplia sua capacidade de estabelecer novas parcerias com instituições de ensino, organizações sociais e órgãos públicos, fortalecendo ainda mais o alcance das ações educativas e culturais.
Ao completar dois anos, o MEA se afirma indo além de um espaço expositivo: é um polo cultural vivo, que dialoga com o território, forma públicos e inspira novas gerações. A expectativa é de que os próximos anos ampliem ainda mais esse impacto para a região e para o Rio Grande do Sul.
Fonte: Emilene Lopes



