No início do ciclo vegetativo, a lavoura, em especial a de soja, exige atenção a diversos fatores, e a sanidade é, sem dúvida, um dos mais relevantes. Fungos causadores de manchas foliares, como Cercospora, Corynespora e Antracnose, sobrevivem nos restos culturais à espera de condições favoráveis, principalmente alta umidade, para disparar novas infecções. Por isso, esperar o surgimento dos sintomas pode ser tarde demais e resultar em grandes prejuízos.
“A estratégia não pode depender de sinais visíveis de doença, o manejo biológico deve começar já no vegetativo. Aplicações de biofungicidas preventivas além de fortalecerem as plantas, reduzem o potencial de inóculo no campo”, afirma Renan Berger, engenheiro agrônomo e responsável pelo desenvolvimento de mercado da Biosphera. Hoje, os produtores rurais já podem contar com ferramentas biológicas que podem, e devem integrar um manejo robusto.
Há diversas ferramentas disponíveis, já que o mercado de bioinsumos no Brasil vive um ritmo acelerado. Para se ter ideia, na safra 2024/25, a área tratada com essas soluções atingiu cerca de 156 milhões de hectares, representando um crescimento de aproximadamente 15% sobre a safra anterior, segundo levantamento da CropLife Brasil em parceria com a consultoria Blink.
Em termos de faturamento, os biocontrole (biofungicidas, bioinseticidas etc.) têm se destacado. Dados da safra 2023/24, também conforme a empresa, apontam para vendas em torno de R$ 5 bilhões, valor que reflete a crescente confiança dos produtores nas soluções biológicas.
Essa expansão do setor é sustentada por alguns pilares fundamentais como: o avanço tecnológico na indústria nacional, demanda por práticas sustentáveis, competitividade econômica dos produtos, e integração cada vez maior entre defensivos convencionais e biológicos.
BioReforço a serviço da sanidade da lavoura
Para ajudar o produtor rural diante dos cenários desafiadores a cada nova safra, a Biosphera disponibiliza o Powerbac Inductor, biofungicida e biobactericida formulado à base da bactéria Bacillus velezensis. Berger explica que entre os mecanismos de ação do produto destacam-se: ativação dos genes de resistência das plantas; produção de lipopeptídeos que atuam na membrana de fungos e bactérias, levando-os à morte; produção de metabólitos antifúngicos/bactericidas; inibição da germinação de esporos; além da produção de substâncias que “fortificam” a planta.
A solução é indicada para o manejo de 21 doenças, entre elas: Atracnose, Ferrugem do cafeeiro, manchas-foliares causadas por Cercospora, pinta-preta (Alternaria), mofo-branco (Sclerotinia), manchas de Phaeosphaeria, manchas-alvo por Corynespora, cancro cítrico, entre outras.
No contexto de um manejo integrado, sua adoção, especialmente de forma preventiva, pode reduzir o potencial de infestação por patógenos, fortalecendo a planta desde seus estágios iniciais.
Benefícios da adoção preventiva e biológica
Conforme destaca o engenheiro agrônomo da Biosphera, quando microrganismos benéficos como Bacillus velezensis são utilizados de forma estratégica e antecipada, no período vegetativo, os ganhos vão além da sanidade, tais como:
- Competição por espaço e nutrientes, dificultando a colonização por patógenos;
- Antibiose, via produção de metabólitos antifúngicos ou bactericidas;
- Indução de resistência, ativando defesas naturais da planta;
- Melhor estrutura radicular e fisiologia da planta;
- Maior equilíbrio no desenvolvimento, permitindo que a lavoura expresse seu pleno potencial produtivo.
“Começar cedo é a chave. Proteção preventiva, bioinsumos bem posicionados e um manejo integrado robusto fazem toda a diferença ao longo do ciclo”, reforça Berger.
Fonte: Kassiana Bonissoni



