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Cuidados com as fêmeas suínas na lactação: o impacto do arraçoamento na maternidade

Muito se fala sobre o manejo nutricional dos leitões logo após o nascimento, mas e quanto às fêmeas? “O cuidado com as matrizes suínas tem ganhado cada vez mais destaque na suinocultura, especialmente em relação ao arraçoamento, fornecimento de ração e bem-estar durante a gestação e lactação”, afirma a médica-veterinária da Auster Nutrição Animal, Edryene Melo.

Para Edryene, a atenção à nutrição das fêmeas é determinante para o sucesso de todo o ciclo produtivo. “Estamos mudando nossa percepção sobre o papel das fêmeas no processo produtivo. Hoje, entendemos que o manejo nutricional adequado no pré, durante e pós-parto impacta diretamente não apenas a saúde e o bem-estar delas, mas também a qualidade e o desempenho dos leitões desmamados”, destaca a especialista.

Além disso, estudos recentes mostram que fêmeas submetidas à restrição alimentar ou jejum prolongado no período pré-parto são mais suscetíveis a distocias, dificuldades durante o parto. “Partos prolongados aumentam as taxas de natimortos, retenção de placenta e restos fetais, além de elevar a necessidade de intervenções manuais, o que compromete o desempenho reprodutivo futuro. Entre as consequências estão corrimentos indesejados, microabortos e queda na produção de leite”, explica Edryene.

O excesso de alimentação também requer atenção, pois pode levar ao indesejado aumento do escore corporal das fêmeas. Matrizes obesas tendem a ter mais dificuldades durante o parto. “O excesso de alimentos pode prejudicar as contrações uterinas e causar constipação, estreitando o canal de parto e dificultando a passagem dos leitões”, complementa a médica-veterinária da Auster Nutrição Animal.

Para evitar esses problemas, a veterinária recomenda o fornecimento de alimento de forma equilibrada e individualizada. “É fundamental oferecer dieta balanceada, rica em fibras, energia e minerais, ajustada à necessidade de cada animal. No pós-parto, o acompanhamento do consumo é essencial para evitar restrições e garantir adequada produção de leite”.

Além da alimentação, a ingestão de água é um elemento-chave tanto no pré quanto no pós-parto, influenciando o consumo de ração, o aproveitamento de nutrientes e a produção de leite.

Edryene Melo destaca que o parto é um momento desafiador e delicado. Por isso, o uso de fármacos à base de analgésicos pode auxiliar o controle da dor e a recuperação das fêmeas. “Todos esses cuidados com a matriz suína impactam de forma direta os principais indicadores da granja. Um olhar atento para a fêmea na lactação é, na verdade, um investimento na saúde do plantel e na produção de leitões mais saudáveis e de melhor desempenho”, explica.

Fonte: Thiago Silva – Grupo Texto

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