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Protocolos nutricionais bem definidos são essenciais na transição entre seca e águas

A chegada da época de transição entre seca e águas é um ponto decisivo na pecuária, porque é nesse período que a mudança rápida na qualidade da forragem pode comprometer o ganho de peso do gado. Manter o escore corporal do rebanho é essencial para se obter bons resultados na produtividade e rentabilidade da fazenda, e para que isso ocorra, protocolos nutricionais bem definidos fazem toda a diferença.

Um dos desafios do produtor nesse período é evitar que os animais tenham problemas gastrointestinais, uma vez que, com o início do rebrote das pastagens, a qualidade de capim que nasce é totalmente diferente daquela a qual eles estavam acostumados no período seco. Com a chegada do período de chuvas, o capim nasce com características mais digestíveis, maior teor de nutrientes e uma taxa de passagem mais elevada.

“A taxa de passagem é o ‘caminho’ que o broto faz pelo trato gastrointestinal e se transforma em fezes. O animal está vindo de um período sem chuvas, comendo um pasto extremamente seco e de pouca digestibilidade, e agora tem um alimento super verde com altíssima digestibilidade. Com isso, é normal observar queda no consumo de suplemento e casos de diarreia, que acabam interferindo no desempenho do rebanho”, explica o zootecnista e diretor técnico comercial da Connan, Bruno Marson.

Uma das orientações para minimizar essa perda é aumentar o nível de suplementação nesse período. Marson fala que, se o animal está habituado a um proteico de um grama, o ideal é manter essa proporção por quilo de peso vivo ou até mesmo aumentar a suplementação para um proteico energético.

Outra opção é oferecer volumoso aos animais até que o rebrote das pastagens esteja totalmente estabelecido. O especialista afirma que um manejo bem planejado é crucial nesse período, uma vez que a nutrição animal representa de 40% a 60% dos gastos totais de uma fazenda, e alerta para a importância da escolha de suplementos de qualidade e origem certificada.

No caso dos animais em fase de crescimento e terminação, a alimentação pode ser complementada com uma mistura do suplemento utilizado no período seco com o que será usado durante as águas. Essa transição deve ser feita de forma gradual, misturando os dois suplementos durante uma semana, para então utilizar apenas aquele indicado à estação. Se isso não for possível, o indicado é fazer a troca no início das águas, mantendo o espaçamento entre cochos adequado para atender todo o rebanho.

Marson observa que o fornecimento de suplementação com aditivos ao rebanho nesse período favorece o maior aproveitamento das pastagens e o aumento do desempenho, porque modula a fermentação ruminal, proporcionando mais energia na dieta e melhor aproveitamento do pasto verde.

“É preciso garantir consistência de resultados com nutrição estratégica e orientação técnica sob medida para cada fazenda. Não existe uma fórmula única; existe manejo personalizado e adequado”, finaliza.

Fonte: Ana Flávia Gimenes – Attuale Comunicação

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