O produtor rural Maarten Martinus de Reus tem uma história que mistura tradição, inovação e amor pelo agronegócio brasileiro. Filho de holandeses, que vieram para Mato Grosso do Sul desbravar novas terras e em busca de oportunidades em 1976, ele, desde pequeno, aprendeu a conviver com as lembranças de família e o respeito pela agricultura.
Vendo a dedicação nas lavouras do pai, Jan Johannes Pieter de Reus (in memoriam), e da mãe, Maria Antonia van Gemert de Reus, Maarten optou por seguir os mesmos passos. Mesmo tendo de ir estudar fora do país para cursar a faculdade de Agronomia Internacional Tropical, na Holanda, o jovem recém-formado decidiu apostar no potencial das terras brasileiras, retornou e nunca mais quis sair daqui. “Nasci e cresci na fazenda em Maracaju e sempre vi o esforço dos meus pais. Quando fui estudar fora, aprendi muito sobre manejo e tecnologia, mas percebi que o futuro da agricultura estava no Brasil”, relembra.
Quando retornou, em 2004, não encontrou um bom cenário. A família, em dificuldades financeiras, estava decidida a vender a propriedade para pagar as dívidas. Foi então que o jovem, sem que o pai soubesse, arrendou uma área vizinha para aplicar o conhecimento técnico adquirido no exterior. O resultado veio rápido: produtividade crescente e um novo olhar sobre o manejo do solo e a sustentabilidade. “No começo, meu pai não concordava, ficou até um tempo sem falar comigo, mas, aos poucos, ele foi cedendo. Isso nos motivou a reerguer a nossa fazenda juntos”, conta.
Nova realidade
Após o falecimento do pai, Maarten teve de assumir a fazenda e passou a se dedicar e aplicar todo o conhecimento adquirido para seguir trabalhando e fortalecendo o legado. Hoje, ele cultiva soja no verão e milho no inverno, em 1.520 hectares, entre área própria e arrendada. “Já experimentamos culturas como girassol, canola, aveia e gergelim, mas optamos por concentrar-nos nos grãos, mais adaptados à nossa região”, destacou.
Com forte preocupação com o solo, o agricultor tem buscado soluções que garantam maior eficiência e menor impacto ambiental. “A tecnologia é fundamental, especialmente para propriedades menores, onde a mão de obra é limitada e as variações climáticas exigem precisão. A gente precisa investir, porém temos que ser assertivos naquilo que realmente traz resultado”, afirma.
Foi com esse olhar apurado que ele, incomodado com a compactação do solo em suas lavouras, decidiu substituir o conjunto de pneus originais de um equipamento adquirido. “Percebi que a máquina estava afundando demais no solo e poderia prejudicar as áreas trabalhadas. Comecei a buscar alternativas e conheci os pneus LSW da Titan, importados na época. O resultado foi imediato: as rodas deixaram de afundar e o desempenho melhorou, além de o conjunto ficar mais bonito”, brinca.
Mais recentemente, o agricultor adotou o modelo LSW1250, já fabricado no Brasil, para as suas colheitadeiras, e se surpreendeu ainda mais com o desempenho. “Além de evitar a compactação do solo, ainda tivemos economia de combustível, porque o motor trabalha menos forçado, gerando também maior conforto na operação. É uma tecnologia que faz diferença no campo”, destaca.
Os pneus LSW (Low Sidewall), desenvolvidos pela Titan, geram uma inovação exclusiva para o setor agrícola: melhor aderência, menor derrapagem e tração ideal para o implemento, o que resulta em maior velocidade de plantio, conforto para o operador e durabilidade da máquina. Além disso, o menor consumo de combustível garante mais economia e rentabilidade ao produtor.
Confiança no potencial brasileiro
Apesar da formação europeia, Maarten acredita firmemente no potencial da agricultura nacional. “O Brasil é um paraíso para a produção. Temos solo, clima e capacidade técnica, mas ainda faltam incentivos. Na Holanda há muito apoio ao produtor; aqui, precisamos ser mais unidos e buscar soluções em conjunto”, finaliza.
Fonte: Kassiana Bonissoni
