A agricultura brasileira se prepara para mais um período desafiador. As projeções do APEC Climate Center (APCC) apontam 65% de probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña nos próximos meses condição climática associada à redução das chuvas e aumento das temperaturas no Sul e Centro-Sul do país. Estados como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul devem enfrentar estiagens mais severas, com impacto direto sobre culturas de grande relevância econômica, como soja, milho e cana-de-açúcar.
Além das perdas produtivas, a seca prolongada traz reflexos diretos na saúde financeira das propriedades rurais. A queda na produtividade e o aumento dos custos operacionais reduzem o fluxo de caixa e elevam o risco de endividamento. “O La Niña é um desafio para o campo, mas também um chamado à gestão inteligente. O produtor que antecipa cenários e planeja seus investimentos consegue atravessar a seca com equilíbrio financeiro e previsibilidade”, explica Romário Alves, CEO e fundador da Sonhagro.
Com atuação em todo o país, a rede tem orientado produtores sobre como utilizar o crédito rural de forma estratégica, direcionando recursos para proteger a estrutura produtiva e o fluxo de caixa durante períodos de instabilidade climática. O foco, segundo a empresa, é fortalecer o planejamento financeiro e reduzir a dependência de medidas emergenciais.
Linhas de crédito voltadas à renegociação de dívidas, aquisição de equipamentos e modernização de sistemas de irrigação e armazenagem estão entre as soluções que ajudam a preservar a competitividade e garantir a sustentabilidade das operações agrícolas.
Diante da possibilidade de uma estiagem prolongada, a combinação entre gestão financeira eficiente e acesso responsável ao crédito se consolida como o principal escudo do produtor rural. “O crédito não deve ser visto como socorro, e sim como estratégia. Quando usado de forma planejada, ele se transforma em instrumento de crescimento e estabilidade, mesmo diante das incertezas climáticas”, reforça Romário Alves.
Com essa visão, o especialista reforça o papel do crédito rural como um motor de resiliência econômica, capaz de proteger a renda, manter a produtividade e sustentar o agronegócio brasileiro diante dos novos desafios impostos pelo clima.
Fonte: Kaísa Romagnoli



