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Suplementação garante desempenho do gado no final da seca; perda de peso pode chegar a 50g por dia

O período de transição entre o fim da seca e o início das chuvas exige atenção redobrada dos pecuaristas. A forragem está escassa, apresenta maior concentração de fibras e menor valor nutritivo. Diante desse cenário, pecuaristas vivenciam, na prática, que os suplementos proteicos e proteico-energéticos evitam a perda de peso e preparam o rebanho para a retomada das pastagens.

O pecuarista e diretor comercial da Estância Bahia Leilões (EBL), Guilherme Tonhá, reforça que os resultados dependem do planejamento e do manejo do produtor. Com décadas de experiência na pecuária, conta que a forragem tende a apresentar maior concentração de fibras não digestíveis, como a lignina, reduzindo as chances de engorda do gado e ainda abre portas para problemas.

“O pasto sozinho já não consegue suprir a demanda que o animal precisa, por isso é fundamental complementar a dieta. Quando mantemos o gado bem suplementado, conseguimos evitar perda de peso e chegamos aos leilões com animais mais valorizados. O boi bem nutrido valoriza o lote e gera mais confiança do comprador”, destaca.

Para Rafael Barreiros Samensari, gerente técnico da Facholi Sementes e Nutrição, a suplementação adequada evita prejuízos e prepara o rebanho para a retomada das pastagens. “Quando há pasto disponível, mesmo seco, o uso de suplementos proteicos auxilia na digestibilidade e no melhor aproveitamento da forragem, evitando perdas que podem chegar a 50 gramas por dia”, explica.

Já em áreas onde não há oferta de capim, a recomendação é o uso de suplemento proteico-energético e o resgate dos animais em confinamento, garantindo manutenção de peso até a volta das chuvas.

De acordo com o especialista, os ganhos potenciais são expressivos em comparação com um rebanho que não recebe o suporte necessário. A suplementação de 1 grama de proteína por quilo de peso vivo pode gerar até 150 gramas de ganho diário, enquanto o uso de protéico-energético chega a 350 gramas. “O suplemento não é solução isolada, mas parte de um planejamento de longo prazo para evolução do rebanho e sustentabilidade da produção”, reforça.

Fonte: Lorena Bruschi 

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