Em um cenário de alta exigência zootécnica e crescente pressão por sustentabilidade sanitária, a Zoetis, líder global em saúde animal, apresentou durante o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS 2025), realizado de 12 a 14 de agosto em Chapecó (SC), o novo conceito de “Dose Reforço”. A estratégia se baseia em protocolos de vacinação reforço em momentos críticos da produção suinícola, visando reforçar a imunidade dos animais e sustentar o desempenho produtivo em fases de maior vulnerabilidade respiratória.
A suinocultura brasileira passa por uma transformação marcada pela adoção de genéticas mais eficientes, com maior ganho de peso, menor conversão alimentar e elevada prolificidade. Nesse ambiente de alta performance, qualquer desequilíbrio sanitário representa perdas significativas — seja pelo aumento da variabilidade dos lotes, condenações no frigorífico ou comprometimento do desempenho reprodutivo.
Nesse contexto, a estabilidade sanitária deixou de ser uma vantagem competitiva e se tornou um pilar estratégico. Doenças respiratórias como a pneumonia enzoótica suína, causada pelo Mycoplasma hyopneumoniae, continuam presentes na maioria das granjas e têm papel relevante como gatilho inicial do Complexo de Doenças Respiratórias dos Suínos (CDRS). Nos casos de pneumonia enzoótica, a redução no ganho diário de peso pode chegar a 30%, dependendo da gravidade da infecção, impactando diretamente o consumo de ração e o tempo até o abate¹, além da queda de produtividade que pode atingir 20% sobre a conversão alimentar. A prevenção eficaz é fundamental para manter a eficiência dos sistemas intensivos e garantir a rentabilidade do negócio.
Com o uso racional de antimicrobianos se tornando uma exigência global, cresce a demanda por soluções sustentáveis. A estratégia chamada “Dose de Reforço” surge como ferramenta indispensável: fortalece a proteção imunológica, reduz a necessidade de intervenções terapêuticas e impacta positivamente os indicadores zootécnicos — como a redução de até 22% nos custos com medicamentos, a diminuição de 3% na mortalidade e ganhos de desempenho, incluindo melhora na conversão alimentar e maior peso médio ao abate.
“Os resultados de campo com a introdução do conceito de Dose Reforço têm sido bastante expressivos, especialmente na redução de sinais clínicos respiratórios em fases críticas, como na terminação. Esse bom desempenho sanitário impacta diretamente no frigorífico, com queda no IPP e redução nas condenações de carcaça, indicadores extremamente relevantes para o produtor e a agroindústria”, afirma Dener Paulo Tres, Assistente Técnico – Suínos da Zoetis Brasil.
Mais do que uma ação pontual, a Dose Reforço representa uma evolução nos programas de imunização, permitindo ajustes finos baseados nos desafios sanitários, no histórico do plantel e nos objetivos de desempenho. A estratégia também contribui para mitigar falhas de primovacinação, interferência com imunidade passiva e imunossupressão por agentes concomitantes.
Entre as soluções indicadas para essa estratégia de Dose Reforço está a Respisure One®, vacina com mais de 23 anos de eficácia comprovada no campo, destinada a prevenção contra Mycoplasma hyopneumoniae. Com aplicação em dose única, podendo ser aplicada em leitões a partir do primeiro dia de vida, promove resposta imunológica robusta e duradoura. Seu uso está alinhado à necessidade de programas vacinais mais eficientes, especialmente em granjas que enfrentam desafios sanitários persistentes ou desejam elevar os patamares produtivos.
“Estamos vivendo uma nova era na suinocultura brasileira, com foco em saúde preventiva e desempenho sustentável. O conceito Dose Reforço representa uma evolução no uso da vacinação estratégica, com impacto direto na produtividade e na qualidade da carne suína entregue ao consumidor”, concluí Dener Tres.
Fonte: Gabriela Herdeiro
