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Produtores foram cercados por grupo armado no Extremo Sul da Bahia

Os produtores haviam se deslocado até a propriedade para verificar se a sede da fazenda havia sido arrombada ou se algum pertence havia sido furtado. Ao chegarem à entrada, foram recebidos a tiros pelos invasores. Segundo imagens registradas por drone, a pessoa que efetuou o disparo foi identificada como Ricardo Oliveira Azevedo, ex-secretário na Prefeitura de Prado. Todo o material será repassado à Polícia Federal.

Após alguns instantes de tensão, uma equipe da Força Nacional chegou ao local. Nesse momento, os invasores esconderam as armas de fogo e passaram a investir contra os produtores com armas brancas, mesmo diante da presença policial.

Um produtor foi agredido com um pedaço de madeira, e todos os presentes sofreram constantes ameaças de morte. Não foi possível verificar o estado da sede da fazenda. A Força Nacional acompanhou o proprietário até fora da propriedade, atitude que não foi adotada no domingo anterior, quando os invasores tomaram a área à força.

O proprietário, que pediu para não ser identificado, relatou o clima de insegurança e a sensação de abandono por parte do poder público:

“Hoje eu não tenho segurança nem para transitar em Cumuruxatiba. Eles estão me ameaçando de morte e vigiando meu carro. Estou extremamente acuado, sem saber o que fazer. O Estado está conivente, porque a reação da Força Nacional foi me tratar como bandido, querendo me retirar à força, de forma agressiva, enquanto no dia da invasão armada não tomaram nenhuma providência. Os funcionários das fazendas foram hostilizados e ameaçados, e nós, que pagamos impostos, ficamos sem resposta sobre o que o Estado pretende fazer por nós.”

Histórico de invasões e omissão do Estado

Segundo o presidente da Associação do Agronegócio do Extremo Sul da Bahia (Agronex), a ação repete um padrão de invasões violentas registradas na região desde 2022, envolvendo roubo de café, gado, maquinário e expulsão de famílias sob ameaça. O presidente da entidade, Mateus Bonfim, alerta para o uso de armamento pesado, apoio logístico com veículos oficiais e a omissão das autoridades no enfrentamento.

“A luta não é contra os indígenas, mas contra criminosos que se aproveitam de uma causa legítima. O prejuízo já chega a R$ 500 milhões na região”, afirma Mateus Bonfim.

Fonte: Palavra Comunicação

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