A Acelen Renováveis lança a primeira fase do programa Acelen Valoriza. A iniciativa é ancorada em estudos de viabilidade técnico-econômico-financeiro e socioambiental conduzidos pela FGV Europe (sediada em Colônia, Alemanha e braço internacional da Fundação Getúlio Vargas no Brasil). O programa visa fomentar o cultivo da macaúba em uma área inicial de 36 mil hectares —cerca de 20% dos 180 mil hectares totais — com apoio técnico e institucional aos produtores.
Nesta primeira etapa, cerca de 10 famílias de agricultores da região passarão a integrar o programa Acelen Valoriza. Elas serão capacitadas em práticas modernas de manejo da macaúba e contarão com suporte técnico, financeiro e sustentável. As famílias e os pequenos e médios produtores terão oportunidades de geração de renda e estímulo à permanência no campo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região. A empresa prevê que a plena implementação do Acelen Valoriza aconteça já no primeiro semestre de 2026.
Luiz de Mendonça, CEO da Acelen Renováveis, explica que o modelo de parceria prevê o aproveitamento de áreas de pastagens degradadas, sem comprometer a produção agrícola tradicional. “Com o Acelen Valoriza, as áreas degradadas poderão ser utilizadas para o cultivo da macaúba concomitantemente com a produção de alimentos, enquanto a pastagem remanescente será aprimorada por meio da assistência técnica, promovendo uso eficiente da terra e sustentabilidade na produção”, afirma.
O executivo reforça ainda que a macaúba, planta nativa brasileira, quando consorciada com outras culturas anuais e perenes, garante uma produção contínua e geração de renda ao longo do ano, o que é altamente vantajoso para a agricultura familiar. Segundo ele, os agricultores selecionados terão acesso a diversos benefícios, entre eles, garantia de compra a preço de mercado, acesso às melhores mudas (desenvolvidas no Acelen Agripark – centro de inovação tecnológica agroindustrial da Acelen Renováveis, que está sendo construído em Montes Claros, Minas Gerais) consultoria financeira e pró-labore, antes mesmo da primeira safra. Além de acesso a um programa de assistência técnica e extensão rural vitalício.
O Valoriza vem se destacando ao impulsionar a recuperação de áreas degradadas por meio da produção de alimentos sustentáveis, aliada à geração de matéria-prima para biocombustíveis. “A iniciativa aposta no cultivo consorciado com a macaúba, que atua como elemento estratégico para viabilizar um modelo agrícola sustentável e integrado”, reforça Cleber Guarany, diretor associado da FGV Europe.
A presença da macaúba nesse sistema produtivo oferece ganhos ambientais e econômicos relevantes. Além de contribuir para a melhoria do solo e o controle de plantas invasoras, o modelo favorece o aproveitamento eficiente dos recursos naturais e da mão de obra. Com isso, promove não apenas a produção sustentável de alimentos e energia, mas também amplia as oportunidades de geração de renda no campo, fortalecendo a resiliência e a viabilidade econômica da agricultura familiar”.
Outro ponto importante é que o Acelen Valoriza permitirá a criação de hubs integrados, pois a cadeia produtiva será composta por fazendas próprias, produtores familiares e de média escala. O programa também busca alinhar as demandas dos produtores com as necessidades locais, garantindo oportunidades para ambas as partes. “Nossa biorrefinaria ficará próxima à Refinaria de Mataripe, na Bahia, e com isso poderemos utilizar toda a infraestrutura logística do Terminal de Madre de Deus (Temadre) para escoar nossos produtos ao mercado internacional”, afirma Luiz de Mendonça.
Acelen Valoriza em números
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Área total prevista (pequenos e médios produtores): 36 mil hectares
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Produção estimada: 1 milhão de toneladas/ano de cachos de fruto fresco
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Área mínima de cultivo: 10 hectares por propriedade
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Circulação monetária anual nas regiões envolvidas: R$ 1,1 bilhão (direta e indireta)
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Incremento domiciliar per capita anual para 10 hectares plantados: cerca de 44 salários-mínimos por pessoa (equivalente a R$ 5 mil/mês per capita)
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Fontes de financiamento: BNDES, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, BID e fundos privados entre outros.
Compromisso com o produtor
A Acelen Renováveis garantirá, ao longo de todo o programa, a compra de todo o fruto da macaúba produzida pelo produtor parceiro, assegurando retorno financeiro desde o início da parceria para ele e sua família. A expectativa é de que o sucesso do programa possibilite expansão futura e consolidação de uma cadeia produtiva sólida e inclusiva.
Tecnologias agrícolas avançadas e práticas de manejo sustentável também ficarão disponíveis aos parceiros, aumentando a produtividade e rentabilidade. “O programa foi desenvolvido para favorecer e incentivar à sucessão familiar no campo, atraindo jovens como forma de promover a geração de renda e sustentabilidade dos arranjos produtivos locais. Desde o primeiro momento, o agricultor parceiro receberá incentivo da Acelen Renováveis, seja para qualificação técnica, acesso às melhores mudas ou linhas de crédito adequadas”, conclui Luiz de Mendonça.
Comunicação participativa e adaptativa
Seguindo as diretrizes de comunicação do Banco Mundial (WB) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), em projetos que envolvem pequenos produtores, o plano de comunicação de um programa de agricultura familiar deve ser inclusivo, culturalmente apropriado e adaptado às necessidades dos diferentes grupos de stakeholders. Com o compromisso de seguir todas as normas vigentes, a Acelen Renováveis contratou a FGV Europe para atuar nessa estratégia.
O plano de comunicação do Acelen Valoriza é bidirecional, o que permite o feedback contínuo e a adaptação das estratégias conforme necessário. “Abordamos as melhores práticas do setor, maximizando o engajamento dos agricultores familiares e demais parceiros institucionais e governamentais. Temos um plano focado em garantir que todas as partes interessadas estejam bem informadas e apoiem ativamente as iniciativas do programa”, conclui Luiz de Mendonça.
Fonte: Joao Pinho