O mês de agosto é oficialmente dedicado à campanha de conscientização e prevenção contra a leishmaniose visceral, uma doença zoonótica grave, que tem os cães como principais reservatórios e também coloca em risco a saúde humana. A campanha, batizada de Agosto Verde-Claro, tem como principal objetivo disseminar informações sobre prevenção e controle da enfermidade.
De acordo com Patricia Guimarães, médica-veterinária e coordenadora de serviços técnicos da unidade pet da Vetoquinol Saúde Animal, a leishmaniose visceral é transmitida pelo mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis), que atua como vetor de protozoários do gênero Leishmania, que são transmitidos aos cães saudáveis durante a picada. Posteriormente, o cão infectado pode servir como fonte de infecção para outros mosquitos, que disseminam a doença para animais e até para seres humanos próximos.
“A enfermidade, que afeta órgãos vitais como o baço e o fígado, pode causar anemia e alterações dermatológicas nos humanos. Já nos cães, os sinais e sintomas clínicos são ainda mais graves. dentre os mais comuns, incluem desânimo, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento progressivo, perda de massa muscular, descamações na pele, feridas abertas e dolorosas em regiões como o focinho, orelhas, articulações e cauda. Também são observadas queda intensa dos pelos, crescimento exagerado das unhas, sangramentos nasais, vômito e diarreia, problemas oculares e, em estágios avançados, comprometimento dos rins e do fígado, que podem levar à morte”, alerta Patricia.
Dados publicados no Brazilian Journal of Infectious Diseases revelam uma realidade preocupante: o Brasil concentra mais de 90% dos casos de leishmaniose visceral registrados nas Américas. Entre os estados brasileiros, Maranhão (15,8%), Minas Gerais (12,9%) e Ceará (11,9%) lideram as ocorrências. As regiões Nordeste (56,9%), Sudeste (18,5%) e Norte (16,9%) são as mais afetadas, em grande parte impulsionadas por condições climáticas tropicais e subtropicais, que favorecem a proliferação do mosquito transmissor.
“A leishmaniose é uma doença silenciosa e devastadora. Muitos tutores só percebem sua gravidade quando o animal já está em estado crítico — apático, debilitado e com feridas visíveis. Além de impactar profundamente a vida do pet e da família, o diagnóstico precoce ainda é um desafio, já que muitos cães permanecem assintomáticos. O alto custo e a limitação no acesso a tratamentos modernos também afastam tutores da chance de salvar seus animais”, alerta Patricia.
Estudos apontam que mais de 98% das pessoas desconhecem a leishmaniose visceral e suas formas de prevenção. Por isso, a conscientização da população sobre a prevenção da doença é de extrema importância. “É essencial a adoção de medidas complementares pelos tutores de cães, como: evitar passeios com os pets ao amanhecer e ao entardecer – horários de maior atividade do mosquito transmissor, instalar telas em janelas e portas, manter os quintais limpos, sem folhas ou frutos em decomposição e, principalmente, utilizar regularmente produtos ectoparasiticidas com ação inseticida e repelente. Todas essas práticas são altamente recomendadas”, orienta Patricia.
Entre as opções eficazes disponíveis no mercado veterinário para auxiliar na prevenção da leishmaniose visceral canina está a Frontmax® Coleira, desenvolvida pela Vetoquinol. O produto combina três princípios ativos – fipronil, piriproxifeno e permetrina – que atuam de forma sinérgica contra o mosquito transmissor da leishmaniose, pulgas e carrapatos. Indicada para cães a partir de 12 meses de idade, Frontmax® Coleira libera seus ativos de forma gradual e contínua, por até oito meses e por ser resistente à água, contribui com a proteção do pet mesmo durante banhos ou mergulhos.
Com essa solução, a Vetoquinol reafirma seu compromisso com a saúde animal, humana e ambiental, promovendo proteção integrada e duradoura sob o princípio de “Uma Só Saúde”.
Fonte: Irvin Dias