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Modelo de produção de algodão na Bahia impressiona produtores australianos

Apenas um dia após receber representantes de fiações e tecelagens de 16 países, integrantes da Missão Compradores 2025, mais uma delegação internacional aportou no Oeste da Bahia, para conhecer de perto o modelo baiano de produção de algodão. Desta vez, um grupo de produtores rurais australianos fez escala nas instalações da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e de seu Centro de Análise de Fibras, no município de Luís Eduardo Magalhães/BA. A delegação australiana está no Brasil em um tour técnico e cultural promovido pelo banco holandês Rabobank, com o objetivo de conhecer in loco o agro brasileiro — da produção ao beneficiamento do algodão. O roteiro começou por São Paulo, passou pelo Mato Grosso e foi concluído no Oeste da Bahia, com visitas a fazendas, unidades de beneficiamento e centros de inovação e sustentabilidade. A visita ocorreu na última quinta-feira, 07 de agosto.

Para a presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, a passagem constante de players estrangeiros na região é parte do compromisso da entidade com a promoção do algodão brasileiro e baiano, e ajuda a fortalecer a sua imagem.  “Além de apresentar a nossa estrutura, mostramos que temos um setor comprometido com a responsabilidade ambiental, social e com altos padrões tecnológicos, dando visibilidade às nossas ações no mercado internacional”, afirmou. Ainda de acordo com a presidente, houve troca de experiências, sobre as semelhanças e diferenças entre os modelos produtivos dos dois países.

“Os australianos – que vêm de um país referência em qualidade e tecnologia, com longa tradição na produção de algodão – queriam entender como o Brasil conseguiu, em tão pouco tempo, dar esta grande virada e se tornar líder mundial na exportação da fibra. E o banco foi muito assertivo em planejar o roteiro: em cada fazenda que os visitantes pararam, eles puderam ver uma etapa da produção, que tecnologias utilizamos e como lidamos com desafios como governança, clima, sustentabilidade, sucessão e custos”, completou a presidente. “Essa visita foi muito interessante, também, porque nos permitiu conhecer melhor a realidade do produtor australiano. É impressionante como algumas das nossas ‘dores’ são também as deles. Apresentamos a Abapa, os programas que desenvolvemos, inclusive de ajuda ao pequeno produtor, e foi notável o quanto se surpreenderam não apenas com o que fazemos e a nossa organização, como com a juventude do produtor aqui. Fazer com que o legado deles seja transmitido às próximas gerações, parece ser um desafio ainda maior para eles”, concluiu Alessandra.

“O grupo ficou particularmente impressionado com a gestão dos recursos hídricos e com o trabalho ambiental realizado para garantir o uso eficiente da água”, explicou Felipe Oliveira, gerente de agência do Rabobank em Rio Verde (GO), que acompanhou a delegação.

Centro de Análise

Durante a visita ao Centro de Análise de Fibras, os produtores australianos acompanharam os processos de análise, classificação e rastreabilidade da fibra baiana. “Estou realmente impressionado não só com a escala, mas com a qualidade e os avanços tecnológicos que o Brasil vem adotando. Pensávamos que éramos bons cotonicultores, mas vemos que os produtores brasileiros estão avançando rápido”, comentou Tony Quigley, produtor da região central de Nova Gales do Sul, na Austrália.

Para Sérgio Brentano, gerente do Centro, as visitas representam uma oportunidade estratégica para demonstrar os avanços da cotonicultura baiana. “É uma chance de evidenciar o uso de tecnologias avançadas no campo, que promovem o uso responsável dos recursos naturais e garantem a produção de uma fibra de alta qualidade. Isso agrega valor ao nosso algodão e reforça o compromisso da cotonicultura baiana com a excelência produtiva e a responsabilidade ambiental”, concluiu.

Fonte: Catarina Guedes

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