O enfrentamento dos déficits hídricos, que ocorrem entre o final da primavera e o verão, e provocam perdas na agricultura, é o tema principal do curso “Irrigação em Nogueira-Pecã”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), com apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Campus Cachoeira do Sul e a Irrigatec. As culturas, de um modo geral, sofrem frequentemente perdas de produção e produtividade com esta questão hídrica que é uma das mais críticas para o setor agrícola, prejudicando também a qualidade dos produtos.
O coordenador técnico do IBPecan, Jaceguáy Barros, coloca que no caso da pecan a falta de água afeta o desenvolvimento do tamanho dos frutos e a qualidade das nozes por problemas de enchimento. “Estas consequências prejudicam a qualidade da produção de pecan no Rio Grande do Sul e a rentabilidade da atividade para os produtores”, enfatiza. Barros afirma, ainda, que o curso visa explicitar aos produtores e demais interessados sobre as condições climáticas que vivemos, sobre as necessidades hídricas das nogueiras-pecã e as implicações em função do tipo de solo onde também estão implantados estes pomares.
Conforme Barros, o IBPecan interage com o curso de engenharia agrícola da UFSM, no campus de Cachoeira do Sul, através do professor Ezequiel Seretta, e com o engenheiro agrícola Laurício Madaloz da Irrigatec, que é uma das empresas que atua no Rio Grande do Sul e tem uma experiência muito grande em irrigação, não só de nogueira-pecã, mas em diversas outras culturas, com projetos nos diferentes sistemas e métodos de irrigação. “Isso faz com que a gente tenha profissionais altamente qualificados no tema para esta abordagem junto aos interessados”, destaca.
O evento vai abordar as demandas que a cultura precisa, falando sobre o clima da região Sul e sobre como um produtor pode buscar um projeto e decidir qual a melhor opção para a sua situação, assim como obter também um conhecimento sobre quais seriam os métodos de implantação deste projeto. Além disso, Barros informa que o produtor receberá informações sobre como operar e monitorar a eficiência da irrigação. “Posteriormente, o produtor poderá fazer o acompanhamento da produção e da qualidade que vai obter com a irrigação. Desta forma, ele terá um produto de maior valor de mercado, com uma possibilidade de renda melhor e esse é o nosso objetivo”, pondera.
Do ponto de vista das indústrias, Barros explica que a busca no Estado é essa melhoria de qualidade, para que haja um avanço na conquista de mercados que estão se tornando cada vez mais exigentes. “Isso, então, é uma necessidade para o setor implementar cada vez mais a irrigação como forma de viabilizar a atividade e conquistar novos mercados”, conclui.
Fonte: “AgroEffective Assessoria de Imprensa”