A mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) é considerada um dos ectoparasitas mais danosos à bovinocultura de corte e leite em todo o território nacional. Trata-se de uma mosca hematófaga (sugadora de sangue), de pequeno porte, cuja principal característica é o parasitismo contínuo: ela permanece praticamente durante todo o seu ciclo parasitário sobre o corpo do hospedeiro, deslocando-se apenas para oviposição (postura de ovos) em fezes frescas dos bovinos. Essa biologia peculiar, aliada à sua alta prolificidade, confere à espécie uma notável capacidade de infestação em determinadas épocas do ano quando a Umidade Relativa e a Temperatura Média do Ar sejam ≥60% e ≥25ºC respectivamente, características comuns no início e final dos períodos chuvosos e nos veranicos que ocorrem nestes períodos.
Cada fêmea de H. irritans pode colocar de 100 a 200 ovos ao longo de sua vida, em fezes frescas de bovinos, onde as larvas eclodem em 12 a 24 horas e estas evoluem ainda no bolo fecal para então penetrarem no solo dando origem a pupas e estas a novas moscas adultas. Em condições ambientais ideais esta fase do ciclo de vida, denominada não parasitária, ocorre rapidamente e dura entre 7 e 10 dias. Portanto, estas condições permitem rápidas reinfestações.
O impacto produtivo das infestações é amplamente documentado. Estimativas do Embrapa indicam perdas econômicas diretas superiores a R$ 1 bilhão/ano no Brasil, considerando apenas os prejuízos com redução de ganho de peso e produção de leite. Já em estudo onde se avaliou os danos diretos e indiretos dos principais parasitos dos bovinos no Brasil determinou que os prejuízos pelas infestações por moscas dos chifres superam os 2 bilhões de dólares ao ano (GRISI et el., 2014). A irritação determinada por picadas constantes interfere no desempenho dos animais, com redução do tempo de pastejo, menor consumo de alimentos, gastos de energia contribuindo para tal. Além disso a mosca dos chifres pode transmitir doenças entre os animais, dentre elas a anaplasmose, possivelmente a tripanossomose dentre outras.
Frente à necessidade de produtos que promovam controle efetivo e seguro, a Ceva Saúde Animal desenvolveu o Fiproline DUO®, uma solução inovadora e altamente eficaz para o controle integrado da mosca-dos-chifres, carrapatos, bernes, miíases (bicheiras) e mosca-dos-estábulos. Sua formulação exclusiva associa o fipronil a 3%, o que confere ao produto uma concentração três vezes superior à dos pour-ons convencionais a base de fipronil 1%. Isso permite que o produto trate até três vezes mais animais de mesmo peso vivo quando comparado a produtos com fipronil 1%, proporcionando menor custo por animal tratado.
Além da ação contra as moscas dos chifres, Fiproline DUO® também controla as infestações pelo carrapato, trata e previne as bicheiras, controla as infestações pelo berne e pela mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans). Pode ser usado pelas vias pour on e spot on o que permite praticidade. Pela via spot on não há necessidade de trazer os animais para o curral, o que economiza tempo, reduz riscos de acidentes e otimiza a mão de obra.
Quando usado pela via pour-on, a dose indicada é de 1 mL/30 kg de peso vivo (trata 3X mais peso vivo que produtos com fipronil 1%), e o produto é distribuído ao longo da linha média superior do dorso (“fio do lombo”). Já na via spot-on, utiliza-se a dose de 1 mL/15 kg, aplicada preferencialmente na região das costelas logo atrás da paleta. Fiproline DUO® está disponível em frascos dosadores com 250 mL e 1 litro, além de galões com 5 litros — permitindo, através da via pour-on, tratar até 25, 100 e 500 bovinos de 300 kg, respectivamente.
Além de seu amplo espectro de ação e flexibilidade de uso, o Fiproline DUO® apresenta um período de carência de apenas 67 dias para abate, permitindo planejamento eficaz do manejo sanitário na propriedade. Sua atuação direta na sanidade e no conforto dos animais contribui para a melhora do bem-estar animal, refletindo-se em melhor desempenho zootécnico e aumento da produtividade.
É importante ressaltar que o uso de Fiproline DUO® deve fazer parte de um programa integrado de controle de ectoparasitas, que inclua monitoramento populacional, manejo de pastagens e inclusão de práticas que auxiliem na redução da carga parasitária nos animais e no ambiente. O uso de soluções inovadoras associado a medidas de biosseguridade contribui para a sanidade do rebanho, preservação do bem-estar animal e melhoria dos índices zootécnicos, aspectos essenciais para a competitividade e sustentabilidade da produção bovina.
Fonte: Gisele Assis
