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Uso de dados e acompanhamento técnico no protocolo de entrada elevam padrão sanitário e de bem-estar animal em confinamentos

Com a intensificação do uso de confinamentos na pecuária de corte brasileira, cresce também a necessidade de atenção redobrada aos desafios sanitários que esse sistema impõe. A entrada dos animais nas fazendas marca um dos momentos mais críticos do processo, em que o estresse do transporte, a adaptação ao novo ambiente e o contato com bovinos de diferentes origens criam um cenário propício para o surgimento de doenças — especialmente respiratórias e clostridiais. 

Para garantir a produtividade e o bem-estar dos animais desde os primeiros dias, a Biogénesis Bagó reforça a importância de protocolos bem estruturados de entrada, que envolvam ações preventivas, manejo adequado e um bom plano vacinal. De acordo com o especialista em confinamento da empresa, João Cortes, o sucesso do sistema está diretamente ligado à capacidade de antecipar e mitigar riscos desde o início do processo. 

Além de doenças respiratórias e clostridiais, outro ponto de atenção são os problemas de claudicação causados por pisos inadequados ou manejos nutricionais que impactam diretamente no desempenho dos animais. “Somado a isso, as moscas e os ectoparasitas que, apesar de mais controlados no confinamento, também são grandes desafios nas propriedades, principalmente nos meses mais quentes”, relata Cortes. 

Para contornar esse cenário, as ações preventivas precisam aumentar o nível de imunidade dos animais. Na prática, segundo Cortes, um bovino bem-nutrido, com o protocolo vacinal em dia e manejado com o mínimo de estresse responde melhor a todos esses desafios. “Então, quando pensamos em sanidade no confinamento, é preciso enxergar o sistema como um todo: do transporte ao manejo diário, da alimentação ao ambiente físico. Tudo está conectado”, enfatiza. 

Programa sanitário na Fazenda Conforto, referência em confinamento no Brasil 

Com capacidade para confinar 170 mil bois por ano, a Fazenda Conforto, localizada em Nova Crixás (GO), registrou expressivos resultados na adaptação dos animais, após a adoção do Programa de Gestão Sanitária em Confinamento da Biogénesis Bagó. 

A iniciativa oferece suporte técnico contínuo e estratégico para garantir mais eficiência sanitária nas operações de engorda intensiva. Todos os meses, a equipe técnica da companhia se reúne com os gestores da fazenda para analisar os principais indicadores sanitários, avaliar os resultados dos protocolos em andamento e, com base nessas informações, definir estratégias de curto, médio e longo prazo.  

Esse acompanhamento constante permite uma forte atuação preventiva, mantendo os animais protegidos contra os principais desafios sanitários ao longo do confinamento. Nesse ambiente, a escolha de uma boa vacina e vermífugo de qualidade é de extrema importância para o negócio. 

“Essa recomendação se aplica especialmente para a Fazenda Conforto, onde a maior parte dos animais não são recriados na propriedade e entram direto para o cocho. Ter uma resposta vacinal eficaz faz toda a diferença em nosso negócio, tanto do ponto de vista sanitário como zootécnico”, salienta o gerente de Confinamento da Fazenda Conforto, Renner Melo. 

Os resultados na prática 

Conforme detalha João Cortes, na chegada dos animais são utilizados produtos com funções estratégicas, como a vacina Biopoligen HS, que oferece proteção completa contra os principais agentes de doenças respiratórias e a Botulinogen, que previne o botulismo. Já a Policlostrigen protege contra clostridioses, que são altamente agressivas e de rápida evolução, e o Biopersol Forte que atua como imunomodulador, ajudando o organismo do animal a responder melhor às vacinas e aos desafios sanitários típicos da fase de adaptação. 

Nos meses de seca, entre maio e setembro, quando os desafios ambientais são maiores — como maior amplitude térmica, baixa umidade e aumento da poeira no ambiente — é intensificada a prevenção nos animais classificados como de maior risco para problemas respiratórios.  

“Nesses casos, aplicamos a metafilaxia com Maxibiotic, nossa oxitetraciclina. O Maxibiotic tem se mostrado uma excelente ferramenta para manter a saúde respiratória do rebanho, reduzindo a ocorrência de doenças subclínicas, melhorando a uniformidade dos lotes e protegendo o desempenho zootécnico desde o início do confinamento”, compartilha o especialista em confinamento da Biogénesis Bagó. 

Prevenção proporciona redução de 80% no tratamento de pneumonias 

Com a adoção do protocolo de entrada, além de doenças como botulismo e clostridioses, a fazenda também passou a monitorar de forma mais estratégica os casos de pneumonia — uma das principais causas de problemas sanitários em confinamento. De acordo com o gerente Geral de Agronegócio da Fazenda Conforto, Alexandre Bueno, essa abordagem permitiu reduzir em mais de 80% o número de tratamentos realizados após a entrada dos animais, evidenciando a eficácia da prevenção já nas etapas iniciais do manejo. 

“O maior desafio em questão sanitária é a pneumonia. Porém, com ajustes e o acréscimo da metafilaxia com antibiótico no protocolo na época mais crítica do ano, conseguimos segurar os números de morbidade e mortalidade, se comparados aos anos que não tivemos esse ajuste”, realça o supervisor de Sanidade e Manejo da Fazenda Conforto, Edson Alves. 

No tratamento dos casos de pneumonia, o produto mais indicado é o Floroxin, um antibiótico de ação rápida e eficaz, sempre associado ao anti-inflamatório ketoprofeno. Conforme realça Cortes, o Floroxin atua diretamente contra os principais agentes bacterianos envolvidos na Doença Respiratória Bovina (BRD), promovendo um controle rápido da infecção.  

“Já o ketoprofeno exerce um papel fundamental na redução da inflamação pulmonar, aliviando a dor, reduzindo a febre e melhorando o bem-estar do animal, o que favorece o retorno mais rápido ao consumo e à recuperação clínica”, destaca o especialista em confinamento da Biogénesis Bagó. 

Na prática, a eficácia desses produtos gera um impacto direto na economia da operação. Ou seja, reduz o uso de medicamentos, diminui os custos com mão de obra e manejo e evita perdas de desempenho causadas pela doença. “Com animais se recuperando rapidamente, mantemos melhores índices de ganho de peso, conversão alimentar e acabamento, o que reflete positivamente no resultado final do lote”, pontua Cortes. 

Otimização do desempenho zootécnico e econômico 

Segundo o gerente Geral de Agronegócio da Fazenda Conforto, um protocolo sanitário robusto na entrada dos animais no confinamento passa a segurança necessária aos profissionais envolvidos no processo. “Atualmente, nosso protocolo nos dá esta tranquilidade de trabalho, pois os tratamentos pós-entrada no confinamento são muito mais pontuais, nada generalizado”, explica. 

Para obter sucesso nessa etapa, o treinamento da equipe é uma peça-chave. Isso porque, conforme enfatiza Alves, se ocorrer armazenamento incorreto de vacinas ou erro de dosagem, o resultado do produto será afetado. “As decisões que definem o sucesso do protocolo estão relacionadas à gestão de pessoas. A capacitação técnica da equipe é essencial para difundir esse conhecimento”, reforça. 

Dessa forma, o Programa de Gestão Sanitária da Biogénesis Bagó vai muito além da recomendação de produtos. De acordo com Cortes, esse diferencial representa um suporte técnico completo e personalizado, que considera a realidade de cada confinamento parceiro. 

Na Fazenda Conforto, o intervalo entre a chegada e o processamento dos animais é de no mínimo 48 horas para animais que chegam de um raio de 400 km, com viagem de 6 horas, e de 4 dias para animais com mais tempo na estrada. “Após essa espera, utilizamos vacinas e vermífugo para preparar os animais para o confinamento ou pasto”, pontua o supervisor de Sanidade e Manejo. 

Segundo o gerente de Confinamento da fazenda, o principal ajuste realizado no protocolo de entrada foi a adição do suplemento mineral injetável Kit Adaptador para os grupos que enfrentam mais desafios, como, por exemplo, os animais de origem mais distante da fazenda. Com esse protocolo, foi notada uma recuperação mais rápida dos animais, redução do refugo de cocho e, consequentemente, uma melhora na saúde dos bovinos.  

“Com o uso de dados, acompanhamento técnico de perto e qualificação da equipe, conseguimos aumentar a eficácia dos manejos sanitários, reduzir perdas por doenças e otimizar o desempenho zootécnico e econômico do sistema. O Programa de Gestão Sanitária é mais uma ferramenta da Biogénesis Bagó para apoiar o confinador brasileiro a produzir com mais saúde, eficiência e rentabilidade”, finaliza Cortes. 

Missão Produz + 

Trabalhos personalizados como esse realizado nos confinamentos do Brasil fazem parte do novo projeto da Biogénesis Bagó implementado em todos os países da América Latina atendidos pela multinacional. A Missão Produz + tem como objetivo trabalhar todas as etapas da produção pecuária, auxiliando os pecuaristas e técnicos a superarem todos os desafios sanitários que surgem ao longo do ciclo produtivo do rebanho. Segundo o médico-veterinário e Gerente de Marketing LATAM Carlos Godoy, a Biogénesis Bagó tem a missão de oferecer soluções que contribuam para uma estratégia sanitária de excelência, como no case da Fazenda Conforto. “O objetivo é que essa estratégia se traduza em animais mais saudáveis e mais protegidos e que isso traga como resultado mais performance em ganho de peso e melhor acabamento”, comenta Godoy. 

Fonte: Mariele Previdi – Attuale Comunicação

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