Localizada no município de Edealina (GO), em pleno Cerrado brasileiro, a Fazenda Bom Sucesso é um exemplo de como o planejamento estratégico, o uso de tecnologias modernas e a rotação de culturas podem transformar os resultados no campo. À frente da propriedade está Renato Alves de Oliveira, produtor rural e sócio da fazenda, que decidiu diversificar os cultivos e investir em inovação para melhorar a produtividade de forma sustentável. O resultado? Colheitas de soja que superam a média nacional no verão e uma nova fonte de renda com a produção de sorgo na safrinha juntamente com o milho.
Filho de produtor rural, Oliveira cresceu acompanhando o pai nas atividades da fazenda, entre a lida com o gado e os cuidados com as lavouras. Ao crescer, saiu para estudar, formou-se em medicina veterinária em 1995, se preparou e retornou às raízes para gerir a propriedade ao lado do irmão, hoje seu sócio. Atualmente, cultivam em cerca de 3.600 hectares de lavoura, entre áreas próprias e arrendadas.
Rotação inteligente e uso de tecnologia no sorgo
A estratégia adotada pelo agricultor é muito bem definida e consiste em plantar soja em toda a área entre outubro e novembro. Após a colheita da oleaginosa, em meados de fevereiro, cerca de 60% das terras são ocupadas com milho safrinha, enquanto os 40% restantes, um pouco mais tarde, são destinados ao sorgo, que segundo ele, é pensado estrategicamente. “Começamos com o milho porque exige um regime hídrico mais favorável. O sorgo entra depois, por ser mais tolerante ao déficit hídrico e ainda garantir uma excelente cobertura do solo para a próxima safra”, explica.
Para aumentar a eficiência dessa estratégia, o agricultor apostou na tecnologia Igrowth, da Advanta Seeds, que permite o controle eficaz de plantas daninhas, especialmente folhas estreitas, um problema recorrente na região. “Antes dessa tecnologia, o cultivo de sorgo estava praticamente inviável por causa da competição com as invasoras. Hoje, com o Igrowth, conseguimos um controle muito mais eficiente e voltamos a ter rentabilidade com a cultura”, conta o produtor, que já está na terceira safra utilizando a inovação da Advanta.
Os reflexos positivos, segundo ele, vão além do controle de plantas invasoras. A produtividade do sorgo chegou à marca de 110 sacas por hectare, mesmo em um cenário de baixa pluviosidade, desempenho bem acima da média nacional que na última safra, segundo a Conab, foi de 51 sc/ha, média Brasil.
A rotação também impactou diretamente o cultivo da soja. “Com menos plantas daninhas, reduzimos o banco de sementes e conseguimos lavouras mais limpas e produtivas. Nesta última safra, colhemos uma média de mais de 80 sacas de soja por hectare, nosso melhor resultado até hoje”, comemora Oliveira.
O excelente resultado alcançado, é atribuído ao conjunto de boas práticas agrícolas adotadas na fazenda. De acordo com o agricultor, a atenção com o manejo tem sido determinante. Esses cuidados passam obrigatoriamente pela correção e preparo adequado do solo, agricultura de precisão, uso de produtos biológicos e escolha de sementes de alta performance.
Olhar para o futuro
Com os avanços tecnológicos e a crescente demanda por produção sustentável, o agricultor acredita que o futuro do agro depende mais do que nunca de eficiência e inovação. “Os desafios são grandes, mas o produtor brasileiro está cada vez mais preparado. A tecnologia e a conectividade no campo vieram para ficar. Elas nos ajudam a produzir mais nas mesmas áreas, com respeito ao meio ambiente e maior rentabilidade. Seguimos nos reinventando, crescendo com sustentabilidade”, finaliza.
Fonte: Kassiana Bonissoni