“Eu nunca nem tinha ouvido falar em microexplosão até que aconteceu aqui. Nosso aviário era feito de ferro e eu jamais imaginei que ele pudesse cair, mas aconteceu”, relata Geovana Weber Ricardo, produtora de Abelardo Luz (SC), uma testemunha de que imprevistos acontecem onde menos se espera.
O aumento significativo de eventos climáticos extremos e falhas de energia em áreas rurais está expondo uma vulnerabilidade crítica no setor avícola brasileiro. Estimativas recentes mostram que mais de R$ 1 bilhão foram perdidos pela cadeia produtiva de aves somente no Rio Grande do Sul durante 2023-2024 devido a eventos climáticos severos, enquanto dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontam que as zonas rurais enfrentaram, em média, 38 horas de interrupção de energia no último ano.
O cenário é particularmente alarmante para um setor que representa 1,5% do PIB nacional e gera mais de 3,6 milhões de empregos. Estudos da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) indicam que uma interrupção de energia de apenas duas horas pode causar mortalidade de 30% a 50% em aviários de alta densidade sem sistemas de backup adequados, especialmente em condições climáticas extremas. Apesar disso, levantamentos do setor revelam que apenas 35% dos aviários brasileiros possuem sistemas completos de geração alternativa de energia.
Diante deste cenário, a Alper Seguros, uma das maiores corretoras de seguros do Brasil com vasta expertise em seguros agro, lançou uma solução exclusiva para o mercado avícola brasileiro. A corretora, que já protege mais de 10 mil propriedades rurais especializadas na produção de aves para frigoríficos, desenvolveu um produto pioneiro ao oferecer cobertura para mortalidade de aves por falta de energia elétrica, além de proteções contra vendavais, incêndios e outros riscos específicos.
“Identificamos uma necessidade crítica no mercado avícola e desenvolvemos uma solução que preenche essa lacuna. Nosso produto não apenas protege as estruturas físicas, mas garante a continuidade do negócio mesmo após eventos adversos que resultam em mortalidade das aves”, explica Giovanni Balen, diretor comercial de agronegócios da Alper Seguros.
A solução se destaca em um mercado onde aproximadamente 95% das apólices contratadas são construídas de forma inadequada, sem cobrir os principais riscos do setor. Uma análise da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) em parceria com consultoria especializada confirmou essa tendência, indicando que 93% das apólices de seguro para aviários não cobrem adequadamente mortalidade por falta de energia.
Geovana se beneficiou de um seguro bem contratado ao enfrentar a microexplosão que atingiu sua propriedade. “Se eu não tivesse o seguro na época, teria parado tudo, e ainda teria ficado com as dívidas. Eu tinha investimento de forno financiado, de placas evaporativas, de placas de energia solar, de gerador, então se eu não tivesse o seguro, teria parado e estaria com dívidas ainda, por mais cinco, seis anos”, comenta.
Os impactos econômicos são consideráveis: um aviário médio integrado pode sofrer prejuízos de R$ 200 mil a R$ 500 mil por evento de mortalidade massiva, enquanto os danos indiretos, como um incêndio, podem superar em 3 a 4 vezes o valor da perda direta em estruturas e animais. Ao mesmo tempo, o período médio de recuperação após sinistros graves é de 8 meses para produtores sem seguros adequados, versus 2 meses para aqueles com coberturas completas.
A estrutura do seguro da Alper foi desenvolvida considerando as particularidades de cada região produtora. Em Santa Catarina, que registrou 42% mais eventos de vendavais severos entre 2020 e 2023 comparado ao quadriênio anterior, a cobertura é especialmente focada para esses eventos. No Paraná, que lidera as estatísticas de interrupções de energia em zonas rurais com média 27% superior à nacional, o foco está em danos elétricos e falta de energia. Em Goiás, onde incêndios em áreas rurais aumentaram 35% nos últimos anos, há proteção especial para esse tipo de sinistro.
“Os eventos climáticos estão cada vez mais imprevisíveis e intensos. As chuvas que atingiram o Sul do país no ano passado demonstraram como uma proteção adequada faz diferença na capacidade de recuperação dos produtores”, afirma Giovanni Balen.
A apólice da Alper não possui sublimites por tipo de cobertura e inclui proteção para equipamentos essenciais como geradores, placas solares e bombas de poço. Além disso, oferece franquias lineares e possibilidade de indenização por lucros cessantes durante o período de reconstrução. Um diferencial importante é o modelo de indenização com preço de plataforma: em caso de sinistro, o valor pago equivale ao da ave pronta para abate, independentemente da idade em que ocorreu a perda.
“O que mais me chamou atenção e achei muito bom foi a cobertura por intempéries do tempo, microexplosão, tornado e desmoronamento, que são coisas que a gente não sabe quando vai acontecer. São novas coberturas que não existiam antes”, avalia a produtora catarinense.
André Lins, vice-presidente de Agro da Alper Seguros, destaca ainda o modelo de negócio predominante no setor: “Os principais frigoríficos do país costumam contratar o seguro para 100% dos aviários em sua cadeia produtiva. E em alguns casos, o custo pode ser repassado para o produtor”.
André Lins, vice-presidente de Agro da Alper Seguros, destaca ainda o modelo de negócio predominante no setor: “Os principais frigoríficos do país costumam contratar o seguro para 100% dos aviários em sua cadeia produtiva. Em alguns casos, o custo é repassado para o produtor, em outros, o frigorífico arca integralmente com a proteção
Lins ressalta que a perda da estrutura para alojamento das aves representa um grande prejuízo não apenas para o produtor individual, mas para toda a cadeia produtiva. “Desenvolvemos este produto pensando na sustentabilidade de todo o setor avícola brasileiro, que é referência mundial em produtividade e qualidade”, conclui.
Fonte: Loures Comunicacao <thiago.quirino=