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Seminário na Fiesp discute proposta de política nacional de fomento às startups deep techs no Brasil

A Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento (Fundepag) participou, em 27 de junho, do II Seminário Deep Tech Brasil, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. O evento foi promovido em formato híbrido e integra as ações do grupo de trabalho que reúne 32 organizações e busca elaborar uma política pública nacional para fomentar startups deep techs — empresas de base científica e tecnológica com potencial para enfrentar desafios estruturais da sociedade.

A Fundepag é uma das signatárias do Protocolo de Intenções criado em 2024, que inclui instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). O grupo foi criado com o objetivo de enfrentar lacunas históricas nas políticas de incentivo à ciência aplicada e à inovação, por meio da formulação de propostas concretas que fortaleçam o ecossistema de deep techs no Brasil.

“O seminário é um espaço de diálogo entre os atores que estão comprometidos com a construção de uma política pública consistente para as deep techs no país. O protocolo e o grupo de trabalho foram criados justamente para articular esforços, ouvir os diferentes ecossistemas e transformar esse conhecimento em propostas concretas de fomento”, afirma o diretor-presidente da Fundepag, Álvaro Duarte.

Durante a abertura do evento, o assessor da presidência da Finep, Fernando Peregrino, destacou a importância estratégica do tema para o futuro do país. “As deep techs representam agentes econômicos promissores, porque nascem com base em ciência e tecnologia. São elas que têm o potencial de responder aos grandes problemas da humanidade – das mudanças climáticas às doenças emergentes”, pontua. Para Peregrino, o processo coletivo de formulação é tão importante quanto os resultados. “O objetivo do grupo de trabalho e dos seminários é ouvir, sistematizar e propor. A burocracia precisa ceder espaço ao diálogo. Construir essa política pública de forma aberta e colaborativa é o caminho mais saudável para gerar impacto real”.

Além de sua atuação como signatária do protocolo, a Fundepag destacou seu papel como instituição que atua na interface entre pesquisa, inovação e aplicação prática. “A Fundação atua na interseção entre ciência, setor produtivo e sociedade. Participar dessa articulação nacional reforça nosso compromisso com o fortalecimento da pesquisa aplicada e com a criação de pontes sólidas entre conhecimento científico e soluções reais para os desafios do país”, acrescenta Duarte.

Os seminários, como o realizado na Fiesp, fazem parte do processo de escuta promovido pelo grupo de trabalho. A proposta é percorrer diferentes regiões do país, envolvendo representantes de instituições científicas, startups, agências de fomento e setor produtivo na coleta de sugestões e contribuições para a construção da política nacional.

“O compromisso da Fundepag com essa iniciativa reforça nossa missão de conectar ciência e sociedade. Estamos empenhados em colaborar com ações que promovam impacto real e sustentável por meio da inovação baseada em conhecimento científico”, conclui Duarte.

O seminário contou ainda com a presença de representantes de diversas instituições estratégicas, entre eles o assessor da diretoria regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP), Oswaldo Lahousmayer; a chefe do Departamento de Tecnologia do BNDES, Isabela Brode Lemos; o diretor-executivo da ABDE, André Godoy; a pró-reitora de Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ana Fatini; o superintendente da área de Investimentos e Mercado de Capitais da Finep, Cláudio Vicente de Joia; o diretor técnico-administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Américo Pacheco; o presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Julio Cesar Castelo Branco Reis Moreira; e o diretor do Departamento de Defesa e Segurança da Fiesp, representando o presidente Josué Gomes, Ciro Bueno.

Fonte: Glaucia Bezerra

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