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Associação agrícola denuncia Ministra dos Povos Indígenas por falsa declaração sobre terras na Bahia

Mateus Bonfim, presidente da Associação do Agronegócio do Extremo Sul da Bahia (Agronex), denunciou a ministra dos Povos Indígenas do governo Lula, Sônia Guajajara, por divulgar informações falsas ao afirmar que uma fazenda invadida no extremo Sul da Bahia seria uma área indígena, quando, de acordo com a associação, trata-se de propriedade privada.

O episódio central da denúncia ocorreu em junho de 2023, quando a ministra e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) visitaram a região e publicaram imagens de uma casa perfurada por tiros, alegando que pistoleiros ligados a fazendeiros teriam atacado indígenas na localidade conhecida como Barra Velha. Bonfim afirma que essa narrativa é incorreta, apresentando como prova um boletim de ocorrência registrado meses antes do episódio e vídeos dos parentes dos proprietários retirando móveis da propriedade após a invasão. “Os invasores ameaçaram os proprietários, impedindo seu retorno ao local”, relatou.

Mateus alerta que a acusação feita pela ministra, ao associar o ataque a fazendeiros e afirmar tratar-se de área indígena, pode levar a consequências graves, incluindo a prisão de inocentes por crimes como formação de quadrilha e uso de armamento pesado. “A denúncia foi levada oficialmente à Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados em audiência pública realizada em 28 de maio de 2025, após um requerimento protocolado desde novembro de 2024”, disse.

O presidente da Agronex questionou a credibilidade da FUNAI, responsável pelos estudos e demarcações de terras indígenas. Mateus argumenta que, se a fundação teria, segundo ele, mentido sobre um caso recente e documentado, não haveria como confiar em estudos históricos que embasam novas demarcações. 

Segundo o presidente da Agronex, cerca de 1,8 milhão de indígenas no Brasil já possuem territórios equivalentes à soma dos estados de São Paulo, Bahia e Espírito Santo, onde vivem quase 60 milhões de pessoas. Para ele, a expansão dessas áreas não se justifica, e a solução passaria pela aprovação da PEC do Marco Temporal para pacificar o tema das demarcações. 

A associação solicitou diligências da Comissão de Agricultura para que parlamentares visitem a região e verifiquem in loco as denúncias de má administração da FUNAI e supostas irregularidades nas áreas demarcadas e invadidas. Bonfim defende que as terras já destinadas aos indígenas sejam efetivamente utilizadas para sua prosperidade e critica o uso político do tema por parlamentares e gestores públicos.

Fonte: Palavra Comunicação

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