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Tecnologia na irrigação: São Paulo se destaca com uso de pivôs centrais na agricultura

Equipamentos robustos e tecnológicos para a irrigação, São Paulo é um dos principais estados com a maior concentração de pivôs centrais do País. Um levantamento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), por meio do Mapeamento Atualizado da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais, estimou a existência de aproximadamente 4.703 mil equipamentos de irrigação agrícola no estado. Esse número representa um crescimento de 7% em relação ao último censo, que registrou 4.388 equipamentos em 2019.

O uso de pivô central pode alcançar áreas grandes comparadas a outros métodos. Em relação à precisão da aplicação, o sistema apresenta alta eficiência e assertividade. “A flexibilidade dos equipamentos atende desde pequenas a grandes áreas e culturas, além de possuir tecnologia de ponta, trazendo todo o controle ao alcance dos dedos, além de permitir a prática da quimigação, à valores de investimento com boa aceitabilidade”, destacou o professor de irrigação da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Irrigação, Dr. Fernando Tangerino.

Para a pecuarista e produtora de grãos, Fernanda Sleutjes, da fazenda Santa Cecília, no município de Angatuba, interior paulista, o uso do equipamento garante a correlação de produtividade e planejamento estratégico para o plantio. “Atualmente, temos em torno de 85% da área irrigada por pivô central. O que nos permite ter melhores produtividades, mais segurança na produção, maior valor agregado, em relação às áreas não irrigadas. A utilização da irrigação possibilita também planejar e escalonar as culturas, otimizando mão de obra, máquinas e insumos, aprimorar técnicas de aplicação de produtos via irrigação, além de fazermos cinco culturas em duas safras”, frisou Fernanda Sleutjes.

O Sudoeste Paulista é reconhecido como um dos principais polos de irrigação tanto no estado quanto no país. De acordo com a Associação Sudoeste Paulista de Irrigação e Plantio na Palha (ASPIPP), atualmente, a região conta com mais de 2.000 pivôs instalados. “A característica cooperativista dos nossos produtores permite, por meio dessa organização, superar adversidades como o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, da infraestrutura energética e da gestão de recursos hídricos”, ressaltou o diretor executivo da ASPIPP, Vitor Pereira.

O diretor da associação relaciona que a escolha pelo método de irrigação pode variar conforme a topografia da região, culturas agrícolas, condições ambientais, valor da terra e a disponibilidade de mão de obra local. Após a análise desses fatores, o produtor rural opta por um dos métodos, sendo que o pivô central tem demonstrado maior viabilidade técnica e financeira.

Área irrigada e escassez de água

Em 2024, o estado de São Paulo enfrentou sua pior seca desde 1982, avalia o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). “Os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais fortes e São Paulo passou por uma seca muito forte. Mas quem tem sua lavoura irrigada, tem sua produção garantida. Irrigação é prosperidade, é segurança de produção. Com o plano, SP terá 15% de suas áreas irrigadas até 2030. Nós vamos armazenar água em SP para o agronegócio”, destacou o secretário de Agricultura, Guilherme Piai.

A área irrigada do Brasil representa apenas 2,6%, ou seja 9,2 milhões de hectares, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Segundo a ANA, São Paulo possui uma área total irrigada de 2,4 milhões de hectares, cerca de 29,5% do cenário nacional.

Para expandir ainda mais a zona agrícola irrigante, o governo de SP, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista – O Banco do Agronegócio Familiar – FEAP/BANAGRO, lançou o FEAP SP – Projeto Desenvolvimento Rural Sustentável Paulista, o Irriga+SP, promovendo a produtividade das áreas agrícolas e combatendo as mudanças climáticas, transformando os atuais 6% de áreas irrigáveis em 15% até 2030.

O programa estadual disponibiliza R$200 milhões em crédito com subvenção para os pequenos e médios produtores rurais por meio da Desenvolve SP. O projeto abrange o financiamento de sistemas de irrigação, energia fotovoltaica e tecnologias de agricultura de precisão, incluindo a aquisição de drones, estufas automatizadas e a contratação de serviços especializados, entre outros.

Fonte: Guilherme Araujo dos Santos 

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