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Protocolo de entrada no confinamento: cuidados que fazem a diferença no desempenho do rebanho

A entrada dos bovinos no sistema de confinamento representa uma das fases mais delicadas e decisivas da cadeia produtiva. Além do impacto direto sobre a saúde e o desempenho dos animais, essa etapa exige atenção redobrada com o manejo, o controle de parasitas e a adaptação ao novo ambiente. É nesse momento que medidas preventivas bem executadas fazem a diferença entre prejuízo e alta produtividade.

As etapas de embarque, transporte e o desembarque, por exemplo, devem ser realizados com tranquilidade e manejo racional, evitando correria e estresse desnecessário. Um manejo calmo, reduz a incidência de contusões e favorece a rápida ambientação dos animais. Logo após a chegada, é fundamental uma triagem criteriosa de todo o lote, com observação de sinais clínicos que indiquem alterações de saúde.

Atenção aos primeiros sinais

Ao realizar a recepção dos animais, deve-se verificar:

  • Locomoção: animais mancando podem estar com lesões nos cascos ou membros.
  • Ferimentos: avaliar pés e outras regiões do corpo.
  • Olhos: aparência “funda” pode indicar desidratação; excesso de lágrimas pode sugerir irritação (como poeira), infecções oculares ou nas vias respiratórias.
  • Nariz e respiração: corrimentos devem ser claros e em pequena quantidade. Tosse espontânea ou provocada, respiração difícil, lacrimejamento, chiados ou roncos são sinais de alerta.

Se qualquer alteração for identificada, os animais devem ser separados, examinados e tratados de acordo com os protocolos sanitários estabelecidos pelo médico-veterinário. O acompanhamento contínuo por meio de rondas sanitárias conduzidas por profissionais capacitados é outra medida essencial para a detecção precoce de doenças e aumento da taxa de sucesso nos tratamentos, especialmente nas primeiras semanas após a chegada dos animais e entrada nos currais de confinamento.

Período de adaptação: essencial para saúde e socialização

Após o desembarque, recomenda-se manter os animais por 7 a 14 dias em piquetes de adaptação, com acesso a água limpa, cocho para mineralização e dieta de adaptação. Esse período é fundamental para a reidratação, ressocialização dos bovinos, estabelecimento de hierarquias sociais e familiarização com a rotina do confinamento, incluindo movimentação de pessoas e máquinas. Animais que passaram longas viagens chegam desidratados e a correção desse estado pode ser realizada logo após o desembarque através do oferecimento de produtos específicos diluídos na água de bebida que é fornecida à vontade.

Controle parasitário desde o início

Os animais também devem receber atenção especial no controle de parasitas internos e externos. As verminoses gastrointestinais e pulmonares são altamente prejudiciais ao desempenho, pois interferem no apetite normal, reduzem a absorção de nutrientes e elevam o gasto energético. “A aplicação do Eprecis® (eprinomectina injetável) na entrada do confinamento é uma medida estratégica que garante o controle eficaz dos principais vermes redondos que podem afetar a produtividade”, destaca Marcos Malacco, médico-veterinário e gerente de serviços veterinários da Ceva Saúde Animal.

Ectoparasitas como carrapatos, moscas dos estábulos, moscas dos chifres, bicheiras e berne   também exigem atenção imediata. Além de provocarem grande irritação e estresse com queda na ingestão de alimento e dispêndio de energia, podem transmitir doenças graves como a tristeza parasitária bovina. “A utilização do Fiproline Duo®, formulação exclusiva a base de fipronil 3%, podendo ser empregada pelas vias pour-on ou spot on permite o rápido e prolongado controle desses parasitas”, complementa Malacco.

Suporte nutricional e imunológico

A transição para o confinamento representa um desafio para o sistema imunológico dos bovinos. O estresse do transporte, a restrição ao espaço individual, a ressocialização para estabelecimento de hierarquias, a mudança na dieta e o novo ambiente contribuem para a queda na imunidade, aumentando o risco de infecções. Desta forma, o fornecimento de um suplemento nutricional rico em aminoácidos, fundamentais para a produção dos anticorpos e a multiplicação das células de defesa, além de macrominerais e colina que auxilia o metabolismo hepático e aporte de energia, contribui na superação dos principais desafios enfrentados neste período.

“O uso de Roboforte® injetável logo no início do confinamento promove melhora no apetite, contribuindo para a redução do refugo de cocho, além de fortalecer o sistema imunológico. Os resultados mostram um ganho médio diário (GMD) superior a 300g em bovinos tratados com o produto”, afirma o médico-veterinário.

Imunização estratégica: prevenção de raiva bovina

Em regiões endêmicas, a vacinação contra a raiva bovina é uma etapa indispensável do protocolo de entrada. A doença, além de provocar perdas diretas com a morte dos animais, é uma zoonose de relevância para a saúde pública, podendo acarretar prejuízos econômicos e sanções sanitárias.

Adotar um protocolo de entrada estruturado e completo é o primeiro passo para garantir saúde, bem-estar e produtividade no confinamento. Parte deste protocolo inclui a vacinação preventiva contra as principais enfermidades enfrentadas o que pode incluir a raiva bovina. Rabmune® mostra-se como ótima alternativa oferecendo proteção contra a enfermidade.

Ao integrar essas práticas, o produtor assegura que o potencial genético e nutricional dos animais seja plenamente aproveitado, promovendo ganho de peso consistente, menor incidência de doenças e maior retorno sobre o investimento.

Fonte: Gisele Assis

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