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Controle de parasitas em equinos: Estratégias para saúde e desempenho

Dentre todos os fatores relevantes quando se pensa em sanidade dos equinos, as infestações por parasitas gastrointestinais se destacam pela ampla incidência e pelos prejuízos que causam na equinocultura nacional.

Infecções parasitárias do sistema gastrointestinal atingem animais de todas as faixas etárias e impactam de forma negativa o seu desenvolvimento, sua performance e o bem-estar animal. “O comportamento natural do equino é susceptível a infecção parasitária, visto que quase todos os parasitas gastrointestinais que afetam a espécie realizam parte do seu ciclo de vida no ambiente, entrando em contato com a mucosa nasal e oral do animal, e até mesmo sendo ingeridos, durante a pastagem”, explica Camila Senna, médica- veterinária e coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal.

Por serem quase imperceptíveis no início, as infestações parasitárias são as grandes vilãs da queda progressiva de performance dos equinos, com alguns sintomas se manifestando após condições de estresse, como parição, transporte ou mudança de manejo. A forma subclínica do problema é a mais prevalente, sendo facilmente confundida com outras afecções.

“Os principais sinais observados em animais infectados por endoparasitas intestinais vão desde alteração na pelagem, falta de apetite, dificuldade no crescimento e anemias, até problemas no sistema digestório que ocasionam desconfortos intestinais além de quadros de diarreia e/ou constipação. Dependendo do nível de infestação, estes desconfortos podem evoluir para quadros de abdome agudo e ocasionar o óbito do animal”, detalha a profissional.

Nos animais com menos de 6 meses de idade, as infecções por Strongyloides westeri geram maior preocupação, já que as larvas deste parasita podem ser transmitidas via colostro, promovendo quadro agudo de diarreia, erosão da mucosa intestinal, fraqueza, hemorragia pulmonar, com grande possibilidade de óbito.

Já o Parascaris equorum é responsável por causar caquexia em potros, além de quadros clínicos mais severos com obstrução e/ou intussuscepção intestinal, que exigem uma abordagem cirúrgica e podem levar ao óbito. Sua característica migratória também pode resultar em lesões de outros órgãos além dos intestinos, provocar restrição de fluxo sanguíneo em artérias, oclusões e tromboembolias.

A maioria dos endoparasitas que acomete os equinos apresenta preferência por diferentes regiões do sistema digestório, sendo Dictyocaulus arnfieldi um dos poucos vermes que se instalam nos pulmões, parasitando traqueia e brônquios, podendo gerar quadros de bronquite, tosse crônica, oclusões e atelectasia. 

Geralmente, as infestações parasitárias ocorrem em épocas chuvosas, quando o pasto mais verde e atrativo para os equinos traz consigo uma quantidade elevada de larvas de parasitas, depositadas ali ainda em forma de ovos, muito provavelmente, presentes nas fezes de outro equino contaminado, sendo necessário que o controle sanitário abranja os animais e o ambiente.

“Os exames de contagem de ovos por grama de fezes (OPG) são fundamentais para dimensionar a infestação na tropa e elaborar um programa de vermifugação eficiente. Equinos adultos também precisam ser vermifugados, pois não desenvolvem imunidade aos endoparasitas e continuam disseminando-os no ambiente”, elucida Camila.

Dentre os princípios ativos mais eficazes no combate às verminoses equinas, destacam-se a ivermectina e o praziquantel. A ivermectina atua promovendo paralisia dos vermes adultos, enquanto o praziquantel age de forma ampla, aumentando o cálcio intracelular dos parasitas e promovendo sua eliminação.

A combinação desses fármacos não possui restrições para equinos jovens e pode ser administrada em éguas prenhes, sendo altamente eficaz contra os principais endoparasitas da espécie.

Os protocolos de vermifugação devem ser iniciados precocemente, aos 30 dias de vida, com aplicações a cada dois meses até completar um ano. Já os adultos, em baias, devem ser vermifugados a cada três meses, e os criados a pasto, a cada quatro meses, ou ao critério do médico veterinário.

Um programa eficaz de vermifugação atua duas formas: curativa e preventiva, sendo a prevenção a grande aliada para evitar os impactos das verminoses na tropa. Além disso, é necessário associar boas práticas de manejo ao uso dos melhores antiparasitários disponíveis para garantir a saúde, o desempenho e o bem-estar do equino em todas as fases da vida.

A Ceva Saúde Animal disponibiliza em seu portfólio os vermífugos Padock Gel, cujo princípio ativo é a ivermectina, Padock Plus NF, a associação de ivermectina com praziquantel, para a proteção completa dos equinos contra parasitas intestinais.

Fonte: Gisele Assis

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