A semana começou aquecida para o mercado internacional da soja. Na sessão desta segunda-feira (19), os principais contratos subiam mais de 10 pontos, por volta de 7h20 (horário de Brasília), na Bolsa de Chicago. E dessa forma, a posição novembro/16, referência para a safra dos EUA, era negociada a US$ 9,77, enquanto o maio/17, esta já referência para a nova safra do Brasil, valia US$ 9,89.
Com as altas de hoje, os preços alcançam suas máximas em uma semana e, de acordo com informações de agências e analistas internacionais, o combustível principal para o avanço dos futuros da oleaginosa são as chuvas que começam a se intensificar no Meio-Oeste americano e, em alguns pontos, não permitem o avanço da colheita.
Em nota, o diretor de estratégia no agronegócio do Commonwealth Bank da Australia, Tobin Gorey, afirma que “as previsões dessa umidade excessiva para a safra dos Estados Unidos leva o mercado ao limite com os investidores buscando recomprar algumas posições”. Além disso, afirma que, caso persistam muito, essas precipitações já podem começar a comprometer as exportações, provocando algum atraso nos line-ups.
As previsões climáticas para esta semana, no entanto, ainda indicam chuvas, porém, menos do que se esperava há alguns dias. E este padrão de tempo mais úmido deverá durar, segundo o Commodity Weather Service, ainda por algumas semanas.
Paralelamente, segue ainda a atenção sobre o início da nova safra do Brasil – principalmente o quadro climático por aqui – além da influência do mercado financeiro. Nesta semana acontece uma nova reunião do Federal Reserve, onde poderá ser definida o futuro da taxa de juros nos EUA, além da chegada de alguns dados da economia americana. Hoje, as commodities sobem de forma generalizada, com ganhos de até 2,05% com o algodão em Nova York, por exemplo. O petróleo subia, durante a manhã, 1,26% para US$ 44,17 por barril.
Nesta segunda-feira chegam também os dois novos reportes semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), sendo um deles com os números dos embarques de grãos e o outro, de acompanhamento de safras, o qual poderá trazer os primeiros números oficiais da colheita da soja no país.