Um impasse envolvendo mais de 20 armazéns de retroárea — fora da área portuária –, em Paranaguá, no Litoral paranaense, pode terminar com o fechamento de 300 postos de trabalho e prejuízo na casa de R$ 1,5 milhão por mês para a economia do município. A conta é da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP).
Os locais funcionam como depósitos de mercadorias a serem encaminhadas ao Porto de Paranaguá e estão em desacordo com exigências feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desde 2013. Mas foi na última terça-feira (2) que o cerco começou a se fechar para esses espaços.
Há quatro anos, em tese, só podem guardar mercadorias a serem embarcadas nos portos brasileiros os chamados armazéns alfandegados, com a licença de “Recinto Especial para Despacho Aduaneiro” (Redex). Para obter essa licença os barracões precisam seguir padrões para a construção e manutenção de pátios, câmaras frias, scanners de monitoramento e outros.
Hoje, em Paranaguá, existem quatro armazéns nesse padrão e mais de 20 sem Redex. Os proprietários dos estabelecimentos não alfandegados estimam custo de, no mínimo, R$ 1 milhão para cada armazém para se adequar às exigências e que não têm esses recursos à disposição.
Fonte: Gazeta do Povo