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Após pressão dos pecuaristas Lei da Rastreabilidade é arquivada

Por Fabiana Sommer – Ascom SRRV

Após semanas de intensas discussões sobre o projeto de lei nº 2017/001121, de autoria do Deputado Estadual Santana Gomes (PSL) que impunha por obrigatoriedade rastrear online a cadeira produtiva de carnes em Goiás, a matéria foi retirada da votação da Assembleia Legislativa de Goiás e arquivada.
A pressão dos pecuaristas, sindicatos rurais e entidades de classe diante do assunto, levou grande parte deles para Goiânia nesta terça-feira, para participarem de audiência púbica, presidida pelo deputado Lissauer Vieira, e para a sessão que resultaram no pedido de arquivamento de forma decisiva da referida matéria.
A audiência pública aconteceu na parte da manhã e foi a oportunidade para produtores rurais e entidades debaterem o assunto e explicarem o motivo pela não concordância. Os próprios deputados, após se inteirarem da matéria discordaram e se opuseram. “Desde que o projeto entrou em tramitação aqui no Legislativo, eu me coloquei contra, pedi vista, apresentei voto em separado e estive firme no propósito de mostrar quão maléfica é para o setor”, disse o deputado Lissauer Vieira.
Quem também defendeu a classe ruralista foi o deputado Júlio da Retífica (PSDB), que mostrou dados da realidade do pecuarista. “É preciso discutir melhor esse assunto, estamos passando por um momento conturbado para o agronegócio e aprovar uma lei radical não é a saída”, disse.
O deputado Simeyzon Silveira (PSC) afirmou que nenhuma lei que for agredir o produtor rural será apoiado por ele. “Temos que valorizar quem ajuda no desenvolvimento do país, por isso, vamos juntar forças e desonerar o setor mais produtivo do país”.
Quem também participou da audiência foi o presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo. Para ele, o projeto não é uma novidade e terá que ser implantado, desde que exista o diálogo com as partes envolvidas. “A rastreabilidade é um desafio e resta nos organizarmos e nos adequarmos no tempo e momento correto”.
Na oportunidade, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, afirmou que o problema foi a falta de diálogo. “A Faeg representa os interesses dos produtores rurais, aquilo que é melhor para a classe e empurrar, obrigar o produtor rural a aceitar um projeto que não vem de encontro com as diretrizes não iremos aceitar”.
Produtores rurais e representantes dos Sindicatos Rurais também fizeram o uso da palavra e mostraram que o projeto não deve ser de forma obrigatória, que o estado precisa primeiro passar por um ajuste estrutural, a indústria da carne também precisa se adequar ao sistema e diversos outros questionamentos.

SESSÃO
No período da tarde, durante a sessão, o referido projeto foi arquivado pelo deputado Santana Gomes. “Estou retirando a matéria, mas que fique claro que estou retirando por ver a situação política pela qual estamos passando, o projeto não é meu, é da sociedade, agora é oportuno a retirada do mesmo, eu acredito no projeto, mas reconheço que o momento não é este”, declarou Gomes.

PRESSÃO
Para o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Luciano Jayme Guimarães, a união foi fundamental nesse momento. “Conseguimos articular e levar até a assembleia muitos pecuaristas, isso só mostra o quanto a união se faz necessária em nosso setor”. Guimarães acredita que qualquer assunto que seja de interesse do produtor rural deve ser amplamente discutido.
Rio Verde foi representado no evento pelos diretores do SR Olávio Teles Fonseca, Sandoval Fonseca Bailão Filho, José Cruvinel de Macedo Filho, Celso Ribeiro, José Roberto Brucelli, Augusto Martins, Maria Lúcia Prado, além do veterinário Juliano Aquino, do colaborador e produtor rural Lúcio Moraes, além de diversos pecuaristas e colaboradores da Comigo.

Assessoria de Comunicação Sindicato Rural de Rio Verde

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