O analista de mercado Ray Grabanski, presidente da Progressive Ag, em Fargo, na Dakota do Norte, sugeriu em coluna no site Agriculture.com fazer uma retrospectiva sobre o ano de 2017 para poder fazer um prognóstico para o mercado de grãos em 2018.
Para o analista, no caso do milho, houve um recorde de produtividade em 2016 que se repetiu em 2017 chegando a uma produção total de 2,5 bilhões de bushels. “A demanda por milho é boa, mas com uma oferta tão grande devido a alta produtividade, a demanda não está crescendo suficientemente rápido para usar todos esses grãos”, sublinhou Grabanski.
No caso da soja, as condições de produtividade foram boas em 2017, mas não superaram as de 2016. “Nós construímos estoques de soja apesar da demanda maior antecipada nos últimos anos”, assinalou o analista, ressaltando que pela primeira vez na história haverá uma sobra de 400 milhões de bushels. “Nós estamos vendo o USDA aumentar a previsão de estoques devido a demanda fraca. Infelizmente, ao menos que essa situação mude, nós devemos ver maiores aumentos de estoques finais de soja”, previu Grabanski.
Agora, para ter mais certeza do que pode ocorrer com os preços, devemos esperar a safra americana, que inicia em Março e deve se estender até Novembro. “A cada cinco anos ocorre uma problema de produção de grãos que tem uma redução de 10% na produtividade. A cada 20 anos, vemos um problema de produtividade com queda de 20% na produtividade”, ressaltou.
Ele ainda comentou que soja, milho e trigo representam cerca de 80% da área agrícola dos Estados Unidos, mas que os cultivos alternativos podem ganhar mais força com os preços atuais das três principais commodities agrícolas. A única esperança no momento para recuperação de preços antes do início da safra americana é a Argentina. “A previsão é de clima intermitentemente quente por períodos extensos”, concluiu Grabanski.
Fonte: AGROLINK –Leonardo Gottems
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